De Tiririca a Esqueleto, os candidatos caxienses a vereador abusam da criatividade para o nome que escolheram em campanha. Eles se dizem mais conhecidos pelo apelido do que pelo próprio nome, o que acaba popularizando expressões engraçadas, tornando o principal mote de campanha. Da bondade do bom velhinho do Natal, até o que diz para não votar em abacaxis - e sim em bananas, veja uma seleção com apelidos diferentes de nove candidatos caxienses que buscam uma das 23 vagas na Câmara Municipal.
A legislação permite que estes nomes sejam usados, desde que não sejam ofensivos.
Conheça quem são, por que querem ser vereador e a origem destes nomes.
JAPÃO (PRB)
Nome: Nelson Dias de Brito, 52 anos
Quem é: atua como motoboy de farmácia na região central de Caxias, é morador do bairro Santa Lúcia e nunca concorreu a cargo político.
Por que quer ser vereador: enxerga a necessidade de mais vagas de motos na região do Centro.
O apelido: ainda que tenha traços físicos indígenas, diz que seu rosto lembra a origem oriental.
Papai Noel (SD)
Nome: Rubens Rodrigues, 63 anos.
Quem é: metalúrgico há 33 anos, natural de Presidente Prudente (SP). Mora no bairro São Ciro.
Por que quer ser vereador: já ajuda crianças carentes distribuindo brinquedos durante o fim do ano, e quer ajudar mais as comunidades.
O apelido: é Papai Noel desde 1991, e as pessoas já o conhecem por este nome.
Nelson Ned (PEN)
Nome: José Eglesio de Oliveira, 50 anos
Quem é: agricultor de Santa Lúcia do Piaí, natural do Paraná. Em Caxias desde 1993, é casado e pai de dois filhos.
Por que quer ser vereador: para ajudar as pessoas mais necessitadas e apoiar a agricultura e os taxistas.
O apelido: trabalhou como árbitro de futebol por 16 anos, e recebeu a alcunha por ser "o mais baixo da turma".
Tiririca (PEN)
Nome: Gelceu da Silva Cavalheiro.
Quem é: natural de Santa Rosa, mora há uma década em Caxias. É açougueiro de um sacolão no bairro Cruzeiro e reside no bairro De Zorzi. É pai de uma filha.
Por que quer ser vereador: quer regularizar a situação dos 25 terrenos irregulares na vizinhança de onde mora, bem como regularizar situações semelhantes em outros bairros
O apelido: ganhou o apelido em uma fábrica em que trabalhava, em Ijuí, por usar cabelo cumprido e capacete, ficando parecido com o personagem humorístico.
Valdo Taxista, o Padre (PEN)
Nome: Valdo Juarez Swaisser, 61 anos.
Quem é: atua como taxista, é natural de São Marcos e vive em Caxias há 50 anos. Mora no bairro São Caetano e tem seis filhos.
Por que quer ser vereador: para ajudar a comunidade na região onde mora e outros bairros que precisam.
O apelido: passava mensagens bíblicas no rádio PX, usado por taxistas, no começo da manhã. Ele queria espalhar otimismo e pedir proteção a Deus contra assaltos e acidentes, a ele e aos colegas.
Esqueleto (PP)
Nome: Márcio Ricardo Selistre, 41 anos.
Quem é: músico, natural de Caxias, é vocalista da banda Ligante Anfetamínico e morador do bairro Cruzeiro.
Por que quer ser vereador: para fazer a diferença e defender a bandeira da cultura.
O apelido: virou nome artístico, e sempre foi o apelido de infância.
Gardenal (PCdoB)
Nome: Ricardo Ribeiro, 35 anos.
Quem é: natural de Caxias, mora no bairro Pioneiro. É montador e soldador há 15 anos, e diretor licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos.
Por que quer ser vereador: para transformar prédios públicos ociosos em incubadoras industriais.
O apelido: diz que, quando começou no seu atual emprego, trabalhava demais e era criticado pelos colegas. Depois, na Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), apontava os problemas da empresa à direção. Pelo comportamento, foi chamado de "Louco", derivando para "Gardenal" (nome de medicação).
Galo da Borracharia (PSB)
Nome: Esequiel Schafer, 48 anos.
Quem é: morador do bairro Panazzolo, é natural de Caxias. Atua como borracheiro e tem um filho.
Por que quer ser vereador: sempre foi militante de movimentos estudantis e comunitários, e acredita que a política precisa de renovação.
O apelido: foi herdado do padastro.
Banana (PTB)
Nome: Ademir José Ulian, 56 anos.
Quem é: taxista, natural de Flores da Cunha, casado e com dois filhos. Mora no bairro de Nossa Senhora de Lourdes.
Por que quer vereador: para lutar pela classe mais humilde.
O apelido: quando criança, ele e o irmão vendiam picolé. No lugar da marmita, levavam pão e banana para o almoço. O apelido popularizou.