Uma investida da Polícia Civil contra o crime organizado em Canela cumpre 13 mandados de prisões preventiva na manhã desta quarta-feira (14). A Operação Xeque-Mate mapeou as principais lideranças de uma organização que comanda a criminalidade na cidade, com foco no tráfico de drogas, homicídios e roubos. Segundo o delegado Vladimir Medeiros, esta é a maior operação da história da cidade.
A investigação acontece há semanas e identificou 30 membros ligados a esta única organização criminosa, com divisão de tarefas e hierarquia bem definida para cada um. As prisões acontecem em diversos bairros da cidade, na Região Metropolitana e também no Litoral.
— Todos os escalões mais elevados da organização criminosa tiveram suas prisões decretadas, inclusive o líder, que é da Região Metropolitana, além do chefe do grupo na cidade, que já estava preso e comandava as ações de dentro do Presídio Estadual de Canela, e todos seus maiores traficantes, não restando nenhum sem ser responsabilizado — garante o delegado.
Ao longo das investigações, a Polícia Civil já havia efetuado prisões e encontrados drogas desta facção. No total, foram apreendidos 1,7 quilo de cocaína, 5,3 quilos de maconha e 40 gramas de crack. Ainda foram recolhidas armas de fogo, automóveis — incluindo uma SUV — e quantidades em dinheiro. O delegado Medeiros afirma que o prejuízo financeiro à organização criminosa é estimado em mais de R$ 300 mil.
Foi durante esta investigação que a Polícia Civil descobriu sobre um freezer cheio de drogas e celulares que seria enviado para dentro do presídio de Canela. O material foi interceptado já dentro da casa prisional no dia 9 de setembro.
— A investigação é complexa e completa, tendo o inquérito policial centenas de páginas a demonstrarem como o grupo agia, com vasta materialidade e fortes elementos que comprovam a autoria de cada investigado, resultando em uma operação com grande número de prisões sendo cumpridas ao mesmo tempo na data de hoje, com apreensão também da maior quantidade de drogas em um mesmo inquérito policial na história de Canela — salienta o delegado Medeiros.
A Polícia Civil não revelou nomes de investigados ou número de prisões realizadas para não atrapalhar as investigações. A busca prossegue por foragidos.
Leia também
BM monitorava guerra de facções e sabia sobre atentado que levou a confronto com cinco mortos em Caxias do Sul
Após ataque a ponto de tráfico, cinco suspeitos morrem em confronto com a BM em Caxias do Sul
Vereador reassume mandato com liminar em Bento Gonçalves