
Há um ano e três meses, uma mãe procura por um filho em Caxias do Sul. Juliano Vieira Matte, 25 anos, desapareceu no dia 18 do dezembro 2017, após deixar caminhando a residência que morava no bairro Galópolis. Sem respostas da polícia, Cema, 54, faz um apelo a comunidade.
— Espero que alguém veja a foto dele e ligue para nós. Alguém tem que encontrar ele. Eu não estou mais vivendo. Não aguento mais de saudade do meu filho — clama a aposentada.
Juliano era o caçula de três irmãs e tinha diabetes, por isso precisava de tratamento com insulina periodicamente. A mãe relata que o rapaz era viciado em cocaína desde os 18 anos, o que pode ter influenciado no seu desaparecimento.
— Às vezes chegam informações de que está aqui ou está lá, mas quando vamos não encontramos nada. Na última semana, foi em um ponto de tráfico no Primeiro de Maio. Eu vou atrás, estou me arriscando — lamenta Cema que, sem respostas, desistiu de procurar pela polícia.
A suspeita inicia era que o caso envolvesse a negociação de um automóvel com um morador do bairro Santa Corona, que seria o destino de Juliano quando saiu de casa naquele dia. Contudo, esta versão nunca foi confirmada e Cema acredita que o filho já tinha devolvido o carro.
Responsável por investigações sobre desaparecimentos em Caxias do Sul, o delegado Rodrigo Kegler Duarte admite que casos como este não são investigados e, assim, não há nada sobre o sumiço de Juliano.
— Quando se verifica um indicativo de prática de crime, é instaurado um inquérito como se fosse um homicídio e investigado. Os demais aguardam por informações. Não temos equipe para investigar todos os desaparecidos. Somos nove servidores para investigar todos os homicídios e desaparecimentos de Caxias do Sul. É uma situação pública e notória — afirma o chefe da Delegacia de Homicídios.
Quem tiver informações sobre Juliano pode avisar a Polícia Civil, no (54) 3238-7728 ou no 197, ou a Brigada Militar (BM), no 190.