A Polícia Civil está cada vez mais perto de esclarecer a morte de Samara de Souza Pereira, 36 anos, encontrada às margens da ERS-122, em Flores da Cunha, na segunda-feira (18). Imagens mostram que ela deixou uma festa em Caxias do Sul e caminhava para a Zona Norte, onde mora a sua mãe. No trajeto, contudo, Samara embarcou em uma van branca adesivada que desviou o seu caminho.
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A investigação conseguiu refazer o caminho de Samara desde uma casa noturna na Estação Férrea, passando pelas ruas Visconde de Pelotas e Moreira César — direção que tomou para ir ao bairro Vila Ipê. A van branca aparece em diversas destas imagens até que, na Moreira César, a mulher embarca no veículo.
— Ela caminhou por mais de uma hora e foi perseguida por este veículo por cerca de 1,5 quilômetro. Esta van branca deu algumas voltas (indo e vindo), depois parou ao lado da vítima, seguiu em frente e retornou novamente, quando a vítima embarcou — relata a delegada Aline Martinelli, que prefere não dar outros detalhes da investigação.
Naquela madrugada, esta mesma van é vista em imagens no acesso de Flores da Cunha. Na sequência, o veículo retorna para Caxias do Sul pela chamada Estrada Velha. Quem reconhecer o automóvel ou tiver outras imagens do que aconteceu a Samara pode denunciar à Polícia Civil pelos telefones (54) 3292-2100 e 3292-5858.
— Conseguimos diversas filmagens e por isso agradecemos a todas as pessoas que foram prestativas. Estamos perto de identificar o autor (do crime) e quem tiver outras informações pode ligar para a nossa delegacia — salienta a delegada de Flores da Cunha.
Vítima não encontrou transporte pago
Conforme a família, no domingo passado, Samara participou de uma festa em uma casa noturna na Estação Férrea e, ao sair, chamou uma carona por meio de um aplicativo. Como não conseguiu o transporte, ela ligou avisando a mãe de que pegaria um táxi. A hipótese da Polícia Civil é que Samara não encontrou nenhum táxi e decidiu seguir caminhando para casa no Vila Ipê.
Na madrugada de segunda-feira, o corpo de Samara foi encontrado às margens do km 93 da ERS-122, em Flores da Cunha. Inicialmente, o Grupo Rodoviário de Farroupilha tratou o caso como um atropelamento. A perícia preliminar, contudo, já descartou essa possibilidade.
— Precisamos aguardar o laudo completo para determinar a causa da morte, mas os peritos já garantiram que não foi um atropelamento. Ela apresentava um ferimento por pancada muito forte na cabeça, o que pode ser uma queda. Mas é muito cedo para falarmos se ela se jogou ou se foi jogada de um automóvel — comenta a delegada Aline.
Samara trabalhava em um restaurante e tinha duas filhas, uma de cinco e outra de 12 anos.