A pousada de Gramado atingida pelo avião que caiu em 22 de dezembro, na Serra, não sofreu abalo estrutural e poderá ser reformada. Desde o acidente, o local está interditado de forma preventiva pelo Corpo de Bombeiros, por conta de uma rachadura na parede externa.
O Corpo de Bombeiros exigiu do proprietário laudos estrutural e elétrico, além de um novo plano de prevenção contra incêndio (PPCI). Um engenheiro contratado já está trabalhando na documentação.
— Ele nos informou, preliminarmente, que não houve abalo estrutural, que a parede (com a rachadura) não é estrutural e não compromete a segurança da edificação. Vão reformar para que a pousada ou algum outro estabelecimento volte a funcionar no mesmo prédio — explicou o coronel Maurício Ferro, do Corpo de Bombeiros Militar de Gramado.
Por ora, o local vai permanecer interditado e isolado, com acesso liberado apenas a proprietários e pessoas autorizadas. Para a reabertura, a pousada passará por reformas na parede, em quartos incendiados e também no telhado.
O acidente matou os 10 ocupantes da aeronave e deixou 17 pessoas feridas — a maior parte delas estava na pousada. Valdete Maristela Santos da Silva, 51 anos, trabalhava na pousada. Ela está internada no Hospital Cristo Redentor com 30% do corpo queimado. Outra mulher, de 56 anos, também trabalhava na pousada e está sob os cuidados do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre. Ela teve 43% da superfície corporal queimada, entre ferimentos nas pernas, nos braços, nas costas e no dorso.
O acidente
O acidente aconteceu no domingo, dia 22, próximo à Avenida das Hortênsias, no bairro Avenida Central, em Gramado. Conforme a Infraero, a aeronave de prefixo PR-NDN decolou do Aeroporto de Canela às 9h15min e tinha como destino Jundiaí (SP).
Três minutos depois, o avião colidiu com a chaminé de um prédio em construção, uma casa e uma loja de móveis. Os destroços atingiram ainda a pousada.
No momento do acidente, 10 pessoas da família Galeazzi estavam a bordo do avião, um Piper Cheyenne, com motor à hélice. Todas morreram. O empresário Luiz Cláudio Galeazzi, proprietário da aeronave, estava pilotando o equipamento.