Os moradores da região de Fazenda Souza estão cansados. O trevo de acesso coleciona acidentes fatais. O descontentamento compreensível é com a incrível demora que vai para um ano e meio para reformular um trevo simples. A solução viária proposta também é criticada. Em uma demonstração exemplar da carência que assola o Governo do Estado, a interrupção dos trabalhos, por vários meses, deveu-se ao fato de que não havia dinheiro para regularizar o fornecimento de asfalto.
Pelo menos durante a tarde deste domingo, até por volta das 16h, quando se encerrou manifestação de moradores no cruzamento, dois vereadores foram até o local: Arlindo Bandeira (PP) e Alceu Thomé (PTB). O descontentamento dos manifestantes sobrou para eles. O cidadão e o contribuinte estão cansados das dificuldades históricas dos governos em oferecer serviços ou simples reformas com agilidade. Bandeira chegou a verbalizar que sentiu de perto o ambiente de descontentamento.
Thomé chegou a falar em hostilidade:
- Participei como morador da localidade. Fomos hostilizados por alguns, se queixando muito, dizendo que nós (vereadores) não fazíamos nada. Talvez não saibam que a nosso função não tem o poder da caneta, daí ficam brabos. Somos meros cobradores, com o poder de fiscalizar. Eu mesmo fui umas 20 vezes à tribuna comentar sobre o trevo de Fazenda Souza. Mas não temos força suficiente - destaca Thomé.
Pouco poder de pressão
É fato que o raio de ação de um vereador é limitado. Mas juntos, eles detêm força política, que fica amplificada quando se junta e pode produzir a pressão necessária aos órgãos competentes. Além de unificar o clamor da comunidade, a cobrança deve ser intensa e permanente. E a ela devem se juntar representantes do Executivo, parlamentares na Assembleia e representantes da comunidade.
Quer dizer: a pressão necessária precisa ser bem organizada. É notório que não está sendo no caso da singela reformulação do trevo de Fazenda Souza, na RSC-453.
