Poucas cenas da vida colonial se equiparam em beleza e ternura a uma senhora tecendo cestos e chapéus com palhas de trigo envoltas por seus dedos ágeis. Sentadas com ar impassível, é como se não percebessem o tempo passar ou desenvolvessem até mesmo o poder de frear ou acelerar o tempo, conforme o ritmo do seu trançar. No pavilhão reservado aos artesãos da 32ª Festa da Uva, Marinês Benatti, 64, prende o olhar dos passantes com a habilidade ao entrelaçar as palhas até transformá-las na infinidade de peças que expõe ao seu redor.
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