O candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), apresentou suas propostas de governo na manhã desta terça-feira, em agenda solicitada pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Durante 1 hora e 20 minutos, o tucano abordou os desafios de recuperar o crescimento econômico do país e gerar emprego e renda.
Antes da manifestação de Alckmin, o presidente da CIC, Ivanir Gasparin, entregou uma carta com as reivindicações do segmento empresarial.
— Daqui a quatro anos vamos cobrar — disse Gasparin para risos da plateia.
Ele também falou sobre os planos de realizar quatro reformas no país: a política com medidas como a redução do número de partidos, o voto distrital, o voto facultativo e cláusula de desempenho.
— Não tem como continuar com 35 partidos. Na Câmara Federal tem 25 partidos. Nenhum partido no ano que vem vai ter 10% das cadeiras, nenhum (partido) chegará a 60 deputados numa Câmara de 513 parlamentares.
O tucano defendeu ainda a simplificação da reforma tributária com apenas cinco impostos: IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins. Ele foi interrompido pelas palmas da plateia.
A terceira proposta é a reforma previdenciária. Alckmin afirmou que a intenção é que trabalhadores do setor público e privado tenham apenas um regime de Previdência onde todos pagarão o teto do INSS no valor de R$ 5,6 mil, e a partir daí o empregado opte por uma previdência complementar.
— Não é mais benefício definido. É contribuição definida.
A quarta é a reforma do estado. Ele pretende extinguir empresas estatais federais como a TV Brasil, ou como o candidato chamou "a TV do Lula", e a estatal do Trem de Alta Velocidade (TAV), que segundo o candidato custa mais de R$ 1 bilhão por ano.
— Temos 146 empresas estatais federais, um terço criada nos governos do PT. Evidente que essas coisas vão ser enfrentadas rapidamente. Quero ser presidente para colocar o dedo na ferida e enfrentar as corporações.