Confirmado neste sábado pelo presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá, como vice de Henrique Meirelles na corrida presidencial, Germano Rigotto mostra-se empolgado. Apesar das pesquisas eleitorais não muito favoráveis a Meirelles, o ex-governador acredita que a candidatura tem potencial de crescimento. Cita sua própria experiência quando disputou o Palácio Piratini. Tinha apenas 2% das intenções de votos e acabou vencendo o pleito.
Neste domingo, Meirelles e Rigotto estarão na convenção do MDB do Rio Grande do Sul, encontro que irá oficializar a candidatura do governador José Ivo Sartori à reeleição. Enquanto aguardava o embarque em Brasília, Rigotto conversou com a reportagem do Pioneiro. Foram as primeiras palavras agora na condição de candidato a vice-presidente. Confira:
Pioneiro: Como vocês chegaram a essa definição?
Germano Rigotto: Começou a crescer muito a partir da convenção, muito apoio, muita gente defendendo. Quando meu nome chegou, foi que nem rastilho de pólvora, quer dizer, cresceu, cresceu, cresceu. A minha identificação dentro do MDB, a minha história no MDB. De repente, o Meirelles não tem essa história toda, então, posso ajudar na mobilização do partido. A discussão das grandes teses, porque dou palestras Brasil afora, posso ajudar. Ele é um cara que tem bagagem, tem história. No meu modo de ver, ele vai qualificar o debate durante a campanha eleitoral. E eu posso dar uma contribuição. É um desafio novo. Não tenho dúvida que é uma campanha que tem tudo para crescer, para sair atrás nas pesquisas, muito atrás, mas tem todo um espaço para crescimento.
Como reverter essa situação do baixo percentual de intenção de votos nas pesquisas e o desgaste que o governo de Michel Temer sofre?
Trabalhando. Ele tem uma história, tem uma bagagem pelo trabalho que realizou ao longo do tempo, é um cara sério, um sujeito competente. O trabalho vai ser muito em cima disso, da seriedade, da competência, da capacidade que ele tem e que já demonstrou nos cargos que ocupou. Claro que vai ser uma campanha curta, mas ela vai crescer mesmo a partir do rádio e da televisão. Então, aproveitar o rádio e a televisão para buscar fazer essa diferença, tentar crescer, sair desse percentual pequeno que hoje está em torno de 1%, 2%. Vai ter de crescer, mas eu acho que tem espaço para isso. Trabalhar rádio e televisão e corpo a corpo, mobilização, ele para um lado e eu para outro, andando pelo Brasil. Vai ser uma campanha curta, mas boa de ser feita. Porque se ele fosse uma pessoa que não tivesse a bagagem e a história que tem, seria mais difícil.
O senhor chegou a tecer algumas críticas ao Meirelles, de que ele não tinha história no MDB e se comunicava mal. O que o senhor quis dizer na época?
Não, o que eu disse é que o Meirelles não tinha história dentro do MDB e não tinha e tinha uma dificuldade de comunicação das suas teses. Agora, ele tanto venceu essa questão de não ter história no MDB, que fez 85% dos votos na convenção. Ele conseguiu vencer esse fato de não ser um histórico do MDB. E a questão da comunicação, se ele tem alguma dificuldade, ele tem mais do que capacidade de comunicação, ele tem história, tem bagagem. Vai fazer diferença, não tenho dúvida, pode compensar algum problema que ele tenha em comunicação. O fato de ele não ter uma história dentro do MDB, ele conseguiu vencer com os 85% que ele conquistou na convenção. Ele mostrou que tem uma relação forte com o partido. Isso é importante.
Quem deve ser o maior adversário do MDB nessa eleição?
Não sei. Acho que é uma eleição totalmente difícil de fazer prognóstico. Existe uma imprevisibilidade do que vai acontecer e é por isso que eu acho que existe um espaço de crescimento até com possibilidade de chegar no segundo turno. Quando fui candidato a governador, também era impossível. Tinha dois candidatos com 33%, 34% e eu tinha 2%, e ganhei por detalhe no primeiro turno.
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