A União das Associações de Bairros (UAB) de Caxias do Sul emitiu uma nota sobre a greve dos caminhoneiros, na qual pede preço justo tanto para os caminhoneiros quanto para o restante da população — que, diz, é quem mais sofre com os aumentos dos combustíveis e outros insumos e serviços.
Assinado pela diretoria executiva da UAB, o texto salienta que toda greve é justa, que a população não pode "pagar a conta da corrupção", critica o que chama de "retrocessos da CLT" e mostra preocupação com aqueles que falam em intervenção militar.
Leia mais:
Sábado começa com pelo menos 21 pontos de manifestações nas rodovias da Serra
Mesmo com escassez de combustível, aeroporto de Caxias opera normalmente no final de semana
Confira trechos da nota:
"(...) Nas nossas cidades, nossa população já fica diariamente sem produtos de primeira necessidade, nossos hospitais já ficam sem insumos para salvar vidas (remédios), nossas crianças já ficam sem escolas infantis e muitas vezes com merenda precária. Nossos trabalhadores e moradores já andam a pé por causa do alto preço do transporte."
"Reafirmamos nosso compromisso indeclinável com a defesa de um Brasil e uma cidade com justiça e soberania, ao tempo em que denunciamos o aprofundamento da crise econômica e social, responsabilidade exclusiva de governantes federais e dos seus aliados, entre eles os que sustentam sua agenda antipopular e antinacional. Cada aumento quem mais sente é o povo brasileiro, nossos moradores urbanos e rurais."
"Para nós, comunitaristas, toda greve é legítima e a dos caminhoneiros do Brasil e da nossa cidade merece nosso apoio. O motivo é o preço da gasolina e do diesel que vêm aumentado a cada semana e se soma em nossas lutas diárias."
"Os recentes escândalos de corrupção mostram o quanto se tirou da Petrobras. Agora que o rombo está aberto, querem que o trabalhador e a empresa paguem a conta da corrupção."
"A democracia está em risco! A luta dos nosso moradores caxienses vai ao encontro do trabalhador e tem que ir além e apoiar a greve, isto não significa apoiar aqueles setores da greve que não tem a consciência do jogo da soberania nacional. Nos somamos aos grevistas que defendem a soberania do povo brasileiro."
"Chega de aumento! Denunciamos o aprofundamento da crise econômica e social! Que os corruptos devolvam o que roubaram do povo brasileiro! Acusamos a responsabilidade de governos que sustentam sua agenda antipopular e antinacional."