Caxias do Sul deve se integrar aos municípios da região no sistema de monitoramento. A diferença é que a verba para investimento deve ser pública. Atualmente, a cidade tem 51 câmeras monitoradas pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). As imagens também são usadas para investigações da Polícia Civil.
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A prefeitura trabalha na elaboração de um termo de referência que norteará uma licitação para aquisição de mais de 100 câmeras que serão instaladas em locais estratégicos. Pelo menos 90% dos pontos já estão definidos e ficam numa espécie de círculo na área central abrangendo cinco bairros e também comunidades mais afastados e em entradas e saídas da cidade. Na fase seguinte, serão orçados os custos. A expectativa é concluir o termo em até dois meses. O valor virá dos cofres públicos. Não há prazo para início da operação. Também será incluída uma reforma na central de monitoramento, com previsão de novos servidores, monitores e software.
Além disso, a central deve estar interligada com centrais de outras cidades e com a Secretaria de Segurança do Estado.
— Nossas câmeras têm mais de 10 anos. Estão defasadas. A tecnologia é o caminho. É a complementação do serviço humano. Todos os serviços públicos têm déficit de efetivo. O limite (da tecnologia) é o recurso que se tem para investir — diz Cristian Filippini, do setor de projetos da Guarda Municipal de Caxias do Sul.
Como é em Caxias do Sul
:: As 51 câmeras funcionam em um sistema que gira 360º graus, o que prejudica o monitoramento, já que capta apenas instantes em um local e segue um movimento giratório, deixando escapar os pontos cegos. Os equipamentos não estão interligados a nenhuma outra central. Atualmente, duas câmeras não estão funcionando.
Como deve ser no futuro
:: A ideia é que as câmeras utilizem um dispositivo que faz a leitura de placas de veículos. Outros serviços podem ser agregados como o de identificador facial (cruza as características com um banco de dados dos órgãos de segurança pública e identifica se a pessoa é procurada pela Justiça) ou comportamental (acompanha os movimentos e aciona a central em caso de comportamento suspeito). Além disso, o sistema poderia ser interligado com câmeras comerciais e residenciais.
Confira a situação em outras cidades:
SÃO MARCOS
:: Tem 22 câmeras nas ruas da cidade desde 2010.
:: Os equipamentos não funcionam de forma integrada.
:: Com a entrega de câmeras pelo Cisga, o município vai implantar o cercamento eletrônico. As câmeras ainda não foram instaladas.
:: Uma segunda compra em conjunto entre o Cisga e a prefeitura deve destinar mais cinco câmeras à cidade.
:: A central de videomonitoramento seguirá o modelo de Bento Gonçalves e deve haver outra em Farroupilha.
FARROUPILHA
:: Tem 22 câmeras na cidade desde 2010, no Centro e em alguns bairros. Os equipamentos não funcionam de forma integrada.
:: A central fica na sede da Brigada Militar.
:: A prefeitura tem um projeto de cercamento eletrônico com a colocação de 18 câmeras nas entradas e saídas do município, mas, para isso depende de aprovação do Daer para poder instalar os equipamentos nas rodovias estaduais.
:: A ideia é utilizar lombadas eletrônicas que tenham as câmeras com leitor e identificador de placas.
:: Além disso, outras câmeras de monitoramento devem ser instaladas nas ruas - a estimativa é contar com até 14 equipamentos.
::: A intenção é locar os aparelhos por meio de licitação. O custo do aluguel gira entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil cada um por mês
FLORES DA CUNHA
:: Tem 9 câmeras desde 2014, nas ruas e praça central.
:: Está em fase de instalação de 20 lombadas eletrônicas - seis com câmeras de leitura e identificação de placas nas entradas e saídas da cidade e em outros pontos estratégicos. O processo deve ser concluído até o dia 18.
:: Os equipamentos são locados e custam quase R$ 1,8 mil por mês cada.
:: O investimento inclui uma central de videomonitoramento que poderá ficar na prefeitura ou na Brigada Militar.
:: Além disso, a comunidade e o Consepro se mobilizam para conseguir arrecadar R$ 520 mil para adquirir 60 câmeras que serão espalhados pela cidade. A ideia é chegar a 150 equipamentos.