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Indignação é o sentimento de uma família caxiense frente a mais um caso de depredação de túmulos no Cemitério Público Municipal de Caxias do Sul. O ataque foi descoberto no sábado, quando conhecidos avisaram a Luciana Trintinaglia que o jazigo da família da mãe dela havia sido – outra vez – vítima de vândalos. Ao chegarem ao local, encontraram vidro quebrado por todo lado, e pelo menos outros quatro jazigos ao redor também vandalizados.
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– Já se dá como corriqueiro (esses ataques), a sensação é de que o cemitério está em completo abandono – desabafa Luciana.
Ela destaca que as sepulturas atacadas ficam próximas à entrada, e mesmo assim o jazigo da família já foi depredado três vezes. Nas anteriores, levaram argolas de metal das gavetas e uma porta de vidro com moldura em alumínio. Agora, o foco foi a moldura de um anjo de vidro.
– Devem ter pensado que a moldura era de algum metal que possam vender ou trocar por crack – diz.
Os vidros foram quebrados com uma cruz de concreto, provavelmente arrancada de outro túmulo próximo e que foi largada por ali. A mãe de Luciana registrou ocorrência policial.
O caso não é único: os relatos de ataques a túmulos no Cemitério Municipal são frequentes, apesar de a prefeitura ter instalado concertina no topo dos muros e de os portões serem fechados à noite. No ano passado, o Pioneiro noticiou a queda de até 90% no uso de argolas cromadas e molduras de metal nos túmulos, pelo fato de esses materiais serem alvo de ladrões.