
A Rua Dr. José Caetano Melo Filho, no bairro Fátima, é um dos 65 pontos com histórico problema de alagamento que a prefeitura pretende solucionar até 2029. A água invade casas na localidade há mais de 15 anos, recorda o presidente do bairro, Jucemar Alves.
A administração municipal irá lançar e detalhar, nesta quinta-feira (10), o pacote de obras de macrodrenagem, que tem investimento de R$ 80 milhões via Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
Para conter as cheias na via, Alves afirma que são necessárias intervenções em um trecho de cerca de 600 metros, que termina na Rua Avelino Antônio de Souza, em frente ao Instituto Federal (IF):
— É a continuidade de uma obra que iniciou no Governo Alceu (Barbosa Velho, 2013 a 2016) e depois parou. Agora fomos contemplados para ter fim o sofrimento daquelas famílias.
Apesar de terem sido realizadas melhorias, como tanques de contenção, "pouco adianta porque o caimento é baixo", segundo ele. O resultado é o mesmo: água que invade casas e comércios locais.
— A cada chuva que dá, alaga a Caetano Melo Filho, volta toda a água pelos canos e acaba alagando também a Avelino Antônio de Souza. São em torno de 10 famílias que perdem tudo. A água sobe nas portas das casas. Eles fizeram um degrau de um metro com tijolos porque cada vez que vem a chuva, indiferentemente da quantidade, alaga — conta.

Outras duas ruas na lista
Outras duas ruas do bairro Fátima serão contempladas com melhorias de drenagem, conforme divulgado pela autarquia: a Marieta Germani e a Giácomo Zatti.
Em ambas, os transtornos ocorrem porque a rede, em vez de seguir o curso da via, adentra em terrenos e causa transbordamentos, aponta Alves:
— Na Marieta Germani tem uma rede que desce e, na metade da rua, dobra à esquerda e passa por dentro de um terreno. Nesse terreno, tem uma caixa que liga outras redes, que não dão conta com muita chuva. Então, essa caixa transborda e alaga, também, em meia dúzia de terrenos.
Apesar de o foco das obras ser a rede de macrodrenagem, as equipes farão outras intervenções onde for necessário, garante o diretor-presidente do Samae, João Uez. Em pontos em que a rede ainda é mista ou for antiga, haverá a separação e substituição.
— Significa dignidade para aquelas famílias. É a esperança de poder, numa noite de chuva, dormir com tranquilidade, sem acordar com a água na altura da cama — comenta o presidente do Fátima.
Está previsto para maio o lançamento da primeira de três licitações para as intervenções. A segunda será entre setembro e outubro e, a última, no primeiro trimestre de 2026.