
O Plano de Gestão e Desenvolvimento da Paisagem do Vale dos Vinhedos, o Plan-Vale, deve ser concluído no segundo semestre e apresentado para os representantes dos três municípios que tem gerência no território: Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.
Elaborado por uma comissão especializada - uma união entre as prefeituras, especialistas, comunidade local e instituições, como o Ministério Público Estadual -, o documento busca unir sustentabilidade, identidade cultural e planejamento urbano para promover o desenvolvimento da região. A ideia é que ele possa servir como embasamento para possíveis alterações dos planos diretores dos três municípios.
Neste momento, o Plan-Vale está na etapa de levantamento de dados, em uma metodologia que trabalha com três ações: sistematização de todas as informações entregues pelos participantes, leitura da realidade regional, e visão de cidade, levando em consideração os desejos dos municípios.
De acordo com o arquiteto Vinícius Ribeiro, à frente do plano, a projeção é que a atual etapa seja entregue em abril, após a realização de workshops e uma audiência pública para ouvir a comunidade local.
Além dos desafios, o Plan-Vale também elencou cinco princípios de atuação: sustentabilidade cultural e paisagística, desenvolvimento do turismo equilibrado, proteção e gestão integrada, influência da comunidade e inovação e competitividade regional.
Entre os meses de junho e agosto, todo o material será compilado para que o Plan-Vale possa ser finalizado e apresentado até setembro.
Deborah Villas-Bôas Dadalt, diretora de infraestrutura e enoturismo da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), reitera a importância do plano, uma vez que a região despertou o interesse de muitos empreendimentos imobiliários nos últimos anos. Conforme ela, o estudo ajudará a suprir lacunas na legislação.
— Acreditamos que o Plano de Gestão Integrada será o instrumento ideal para nortear novos empreendimentos, com a segurança e a tranquilidade de que estão em consonância com a legislação e conectados com a vocação da região. Será uma alavanca para os investimentos no Vale e embasará a inovação que nosso território necessita para continuar relevante. O desenvolvimento ordenado nos obriga a planejar de forma sustentável, preservando nossa valiosa identidade econômica e cultural — diz a diretora da Aprovale.