
Nos três primeiros meses de 2025, Bento Gonçalves já contabiliza sete casos de pessoas com dengue — nenhuma precisou ser hospitalizada, segundo a assessoria de comunicação da prefeitura. Dos casos confirmados, cinco são autóctones, ou seja, contraídos no município, e dois importados. Outros 13 casos estão em investigação.
Para frear a contaminação, agentes de endemias da Secretaria de Saúde (SMS) estão reforçando ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Das armadilhas instaladas pelos agentes, ao menos 69% delas foram infestadas pelo inseto.
Os profissionais fazem visitas em espaços públicos, moradias, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros. A instalação de armadilhas é uma das estratégias adotadas. Segundo a prefeitura, a colocação dos equipamentos é importante para a retirada dos ovos de mosquitos do ambiente e ajuda a identificar o tamanho da infestação pelo Aedes em cada bairro.
Os bairros com mais casos de infestação são Municipal, Santa Rita, Villa Nova, Fenavinho e Santa Marta. Nestes locais, a secretaria de Saúde está programando o "bota fora" para recolhimento de material que pode se tornar criadouro. A data e horário para a ação deve ser informada nos próximos dias.
A médica veterinária da Vigilância Ambiental Analiz Zattera explica que o mosquito Aedes se prolifera, em 80% dos casos, em quintais de imóveis.
— Este inseto precisa dos depósitos existentes ali para postura de ovos, como caixas de água, pneus, latas, baldes, garrafas, plásticos, entre outros. Ao ficarem por mais de uma semana com água parada, se tornam criadouros de mosquitos.
No ano passado, foram contabilizados 298 casos dengue em Bento Gonçalves, sendo que 265 autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade. Locais como terrenos baldios sujos ou depósitos de lixo em vias públicas devem ser denunciados pelo (54) 3055-7142.