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Ao longo de maio, Garibaldi desenvolveu papel central na distribuição de donativos para as cidades mais atingidas pelas chuvas. Além de se tornar Centro Regional de Doações, iniciativas voluntárias de arrecadação e entrega de doações se multiplicaram no município.
É o caso do Aeroclube Garibaldi, que manteve operações por 24 dias. Nesse período, o espaço foi ponto de partida de alimentos, medicações, base de apoio para pilotos vindos de todo o país e local de chegada de pacientes em tratamento médico.
O balanço da entidade, divulgado na quarta-feira (05), aponta que o Aeroclube atendeu 55 cidades da Serra, Vale do Taquari e região metropolitana de Porto Alegre. Nessa fase, atuaram nas operações humanitárias 123 aeronaves, sendo 86 aviões e 37 helicópteros, todos cedidos por empresários.
No Aeroclube, cerca de 50 voluntários trabalharam na coordenação dos voos que chegavam e partiam, na recepção de alimentos, separação e controle de entrada e saída de pessoas do local. A entidade não possui dados sobre a quantidade de pilotos que circularam no local.
A distribuição de alimentos se manteve como a principal atividade. O balanço do Aeroclube indica que mais de 143 toneladas de comida foram entregues. O número é correspondente a 80.754 quilos de alimentos entregues de forma área pelo aeroclube de Garibaldi, 32,5 mil entregues na base área de Porto Alegre e outros 30 mil entregues na base área de Lajeado. Os alimentos foram empacotados em kits, montados por um conjunto de entidades da cidade.
Com a dificuldade de deslocamento pelas rodovias, chamados de ajuda se tornaram frequentes no Aeroclube. O presidente Marcio Foppa Simonaggio explica que as próprias pessoas contatavam a entidade solicitando a remoção de familiares.
— A partir desses pedidos começamos a transportar pacientes. Geralmente eram pessoas isoladas que precisavam dar continuidade a um tratamento médico. Eles nos encaminhavam a localização pelo Google e nós preparávamos a operação para levar esse paciente até onde fosse possível — explica.
O combustível necessário para as viagens foi custeado coletivamente. Uma parte foi comprada por empresários parceiros e a outra paga com uma campanha de arrecadação feita pelo próprio Aeroclube. Além de abastecer os aviões e helicópteros que chegavam à base de Garibaldi, também foi possível ajudar no abastecimento de aeronaves da base área de Porto Alegre.
Apesar do encerramento das atividades áreas em 25 de maio, a entidade segue envolvida com ações de suporte. Voluntários do Aeroclube estão se deslocando até cidades do Vale do Taquari na companhia de trilheiros e jipeiros para entregar alimentos. Os donativos são retirados no Centro Regional de Doações.
— Quando começamos as ações não imaginávamos que tomariam essa proporção. A cada dia vinham mais pedidos de ajuda, que felizmente pudemos atender. Posso dizer que a missão foi um sucesso e que conseguimos seguir o lema do aeroclube: ajudar quem precisa — avalia o presidente.
Coletivo de entidades contabiliza ajuda a 79 localidades da Serra e Vale do Taquari
A atuação conjunta de 19 entidades garibaldenses, reunidas na União de Moços Católicos, também fomentou a solidariedade que garantiu alimentos para diversas pessoas impactadas pelas chuvas. O grupo Entidades Unidas por Garibaldi divulgou na terça-feira (04) o balanço das ações realizadas entre 03 de maio e 03 de junho. Ao todo, 79 localidades receberam os donativos recebidos e encaminhados pelo coletivo.
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Foram doados 230 mil litros de água, 10,6 mil kits sobrevivência (feitos com lanches rápidos, fósforos, água e velas), 13,5 mil cestas básicas, 5,6 mil kits limpeza, 5,1 mil kits de higiene para adultos e 872 kits de higiene infantis.
Além das doações encaminhadas pelo Aeroclube Garibaldi, grupos de trilheiros e jipeiros retiravam os kits com as entidades para levar até cidades da Serra e do Vale do Taquari.
— Foi um mês muito cansativo, mas gratificante. Nos emocionamos ao receber a solidariedade do povo, as cartinhas com mensagens motivacionais das crianças. Além das 19 entidades envolvidas, houve muito mais pessoas envolvidas nessa corrente. Posso dizer que toda a comunidade de Garibaldi se mobilizou — comenta a coordenadora da campanha Ivonete Piletti Grossi.
Agora, o grupo se prepara para iniciar a segunda fase da campanha solidária. Segundo Ivonete o foco ainda não está definido, mas as entidades cogitam iniciar uma ação de arrecadação para montar kits para equipar as cozinhas das pessoas que estão reconstruindo suas casas após as chuvas.