A empolgação e curiosidade tomaram conta dos pequenos alunos da Escola Jacob Jaeger, de Nova Petrópolis, nesta quinta-feira (11). Isso porque os alunos abriram a "Caixa da Natureza", projeto que trocou informações e experiências entre alunos do bairro Pinhal Alto, onde fica o colégio no município da Serra, e da Escola Recreio, localizada no bairro Alto dos Pinheiros, em São Paulo.
Na oportunidade, a expectativa das crianças para a abertura da caixa era altíssima. Os pequenos estavam extremamente ansiosos para ver o que os alunos de São Paulo haviam preparado para eles. No momento em que a professora Caroline Kuhn finalmente abriu a caixa, e começou a mostrar cada item, os olhos dos pequenos brilharam e eles correram para ver de perto a novidade.
Dentro da caixa, estavam envelopes com sementes de chia, um vaso de barro, gravetos, ninhadas de lã, maços com ervas para chá e temperos, flores para infusão, tintas em pó naturais, pedras e uma infinidade de outros objetos que representavam a cidade paulista.
— Antes de abrir a caixa, o que mais ouvíamos eram conversas entre eles se perguntando "o que será que eles mandaram pra gente?", ou suposições de coisas como "eu acho que tem um monte de pedras" e "será que vai ter florzinhas?". Depois de aberta, a curiosidade deu lugar a largos sorrisos de encantamento, além do desejo de tocar nos elementos que até então eram desconhecidos, sentir o cheiro de chás e da horta dos amigos. Era possível ver os olhos de cada uma das crianças brilharem ao serem apresentados aos “presentes” — destacou a coordenadora pedagógica da Jacob Jaeger, Catiane Hansen.

É importante lembrar que a troca das caixas aconteceu ainda em abril e envolveu professores, alunos e suas famílias para um intercâmbio cultural e troca de experiências entre os estudantes das duas cidades. Além da experiência, a iniciativa também colaborou para a divulgação turística de Nova Petrópolis em outras localidades.
Segundo Catiane, a partir de agora serão realizadas atividades em sala de aula com o objetivo de explorar os materiais enviados. Dessa forma, nos próximos dias as professoras passarão a incluir as atividades nos planejamentos, atividades e propostas que devem incluir a manipulação, conhecimento e manuseio dos elementos.
— Foi lindo ver a animação e curiosidade das crianças. Nos próximos dias, ainda teremos muito a ver e rever: esta fase de descobertas está só começando. A principal dessa iniciativa é perceber quantas possibilidades a natureza, em sua simplicidade, nos proporciona. São mais que simples elementos, são possibilidades de vivências, de aprendizados significativos. Outro fator importante é esse intercâmbio cultural, perceber a diversidade como algo que nos une, nos conecta, nos aproxima enquanto sociedade. Essa experiência, além de elementos naturais, nos permite enviar/receber carinho e cuidado — comentou a coordenadora.
Ao mesmo tempo, o professor da escola paulista Diego Lahóz Ramos contou que a sala de aula da Escola Recreio já está decorada com os objetos enviados pelos alunos de Nova Petrópolis.
— Tudo o que recebemos hoje enfeita nossa sala. Com os gravetos, pinha e parte das sementes de carvalho, surgiu o nosso novo personagem, o "Pinhal do Alto". Os bulbos de dália também já foram plantados — revelou.
Com a conclusão da primeira etapa do projeto, a previsão é que ele seja expandido para outras turmas, com o intuito de que mais alunos possam vivenciar a troca cultural com estudantes de outras cidades.
