Inaugurada nesta segunda-feira (28), a alça que dá acesso à Rota do Sol para quem está transitando pela RS-122, sentido Flores da Cunha-Caxias do Sul, vem dividindo opiniões de empresários próximos ao local. Isso porque, na visão deles, o trecho ficou ruim para o tráfego de caminhões, devido a uma curva fechada e uma subida muito íngreme.
Com 668 metros de extensão, a obra permite que condutores que se deslocam de Flores da Cunha em direção a Farroupilha e Porto Alegre, por exemplo, ingressem na Rota sem precisar de retorno. Até então, o condutor precisava passa embaixo de um viaduto e contornar duas rótulas até acessar o sentido Caxias-Farroupilha. A obra começou em maio deste ano e teve custo aproximado de R$ 1,5 milhão.
A reportagem transitou pelo local, em um carro, e notou que até veículos pequenos sentem a subida. Outro ponto notado é para quem vai acessar a Rota do Sol sentido litoral ou acessar a alça lateral que passa pelo Porto Seco, onde há dificuldade de atravessar a rodovia, devido ao alto fluxo, gerando concentração de veículos no local.
Um homem que trabalha em uma empresa no local e que não quis se identificar opinou que a obra poderia ser melhor planejada, já que, na sexta-feira (25), um caminhão teria usado a alça e teria quebrado no meio do caminho em função da subida.
— A ideia de obra era outra. Ficou mal planejada, quiseram fazer rápido para entregar em ano eleitoral, daqui dois meses já vai estar dando problema de novo — comenta.
Um outro homem, que também não quis se identificar, também afirma ter conhecimento da dificuldade de caminhoneiros em passar no local.
— A curva ficou muito ruim para eles (caminhoneiros), né? É uma obra boa para o trânsito, facilita para quem quer acessar a Rota, mas ruim para eles.
Já na opinião do comandante do 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM), Diego Caetano, a obra reduz congestionamentos e evita cruzamento sobre a Rota do Sol, o que é sempre um risco de acidentes.
— A segurança no trânsito passa por três pilares: engenharia, educação e esforço legal, com leis e nosso trabalho. Essa obra da alça é motivo para comemorar — avalia Caetano.
O que diz a EGR
Questionada sobre as dificuldades que os caminhoneiros estariam tendo com a forte subida, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pelo trecho, afirmou, em nota, que avaliações ainda estão sendo feitas para aprimorar o fluxo de veículos que se deslocam até a RSC-453 - Rota do Sol. A empresa ainda informa que o trecho deve ser feito dentro do limite de velocidade estabelecido - 40 km/h - visando a evitar transtornos ao usuário.