A sexta-feira (10) começou sem manifestações de caminhoneiros nas rodovias da Serra. Os grupos que permaneciam às margens da RS-122 em Caxias do Sul e Flores da Cunha desde o início da semana se desmobilizaram ao longo das últimas horas, a exemplo de outros pontos concentração pelo país.
No km 153 da Rota do Sol, no acesso a São Braz, em Caxias, também já não há mais concentração de manifestantes. Por volta das 8h, apenas três pessoas que participaram do acampamento nos últimos dias conversavam com Policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), sem interferir na rodovia. A estrutura de tendas seguia montada e a bandeira do Brasil ainda estava pendurada por guindastes. Em poucos minutos, ao menos dois manifestantes se retiram do local e uma viatura do CRBM permaneceu às margens da rodovia.
No km 64 da RS-122, no acesso Forqueta, não havia nem mesmo sinal, no início da manhã, de que o ponto havia sido palco de mobilizações nos último dias. Ao longo da manhã quinta-feira (9), o grupo de caminhoneiros chegou a interromper totalmente o trânsito, assim como na Rota do Sol.
Outro ponto onde houve desmobilização é no km 8 da RS-235, em Nova Petrópolis, onde também havia interferência no trânsito, especialmente de caminhões, nós últimos dias. Na tarde de quinta, os caminhoneiros convidavam colegas a aderir ao movimento.
Nas rodovias federais da região, também não há mais pontos de manifestação, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na manhã desta sexta-feira, a reportagem identificou apenas quatro caminhões às margens do km 143 da BR-116, na região do bairro Serrano, em Caxias do Sul. Os veículos tinham bandeiras do Brasil e faixas de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Esse foi um dos pontos onde houve concentração de manifestantes nos últimos dias, mas a reportagem não encontrou ninguém no local.
O encerramento dos atos em todo o país teve início na tarde de quinta, após o presidente Jair Bolsonaro divulgar um manifesto em que se retrata dos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) realizados na última terça-feira (7). A nota foi publicada após um encontro entre Bolsonaro e o ex-presidente Michel Temer (MDB).