Após cerca de dois anos da instalação de câmeras de monitoramento nos principais acessos de Farroupilha, a prefeitura pretende iniciar o serviço na sua totalidade no próximo mês. No ano passado, o sistema de cercamento eletrônico do município entrou em operação, mas ainda falta um importante item: integrar dados coletados a partir das imagens captadas na cidade com o banco de informações de todo o Estado. Para isso, um convênio será assinado entre a prefeitura e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).
A expectativa do secretário municipal de Gestão de Desenvolvimento Humano, Rafael Colloda, é de que o documento seja formalizado nas próximas semanas, mas o prazo dependerá da resposta da SSP.
— Retomamos as negociações com o Estado e na semana passada nos enviaram a minuta do termo de cooperação. Nos próximos dias enviaremos o contrato por parte da prefeitura para assinarmos e selar o contrato. Atualmente, o município disponibiliza as imagens, mas como o sistema não está integrado, apenas a Brigada Militar e Polícia Civil de Farroupilha têm acesso. Com a mudança, haverá a integração das imagens com a SSP. Portanto, com todo o Estado — explica.
Segundo Colloda, o incêndio ocorrido na sede da pasta estadual não interfere no trâmite porque o processo é totalmente online.
— A possibilidade é de que assinemos o contrato e tão logo, em agosto, entre em operação. Mas dependerá da velocidade com que a SSP responderá — afirma.
As 95 câmeras câmeras de monitoramento enviam imagens para uma central e passaram a funcionar após uma licitação em que o Consórcio de Mobilidade Urbana , composto por três empresas, venceu. O contrato, no entanto, se encerra em agosto, mas poderá ser prorrogado. O município paga uma mensalidade de R$ 130 mil mensais às empresas.
De acordo com Colloda, os equipamentos envolvem câmeras fixas, outras que tem capacidade de girar e dar zoom na cena captada e, ainda, as que tem o chamado OCR, com a característica de fazer leituras das placas de carros que trafegam pelo trânsito. Esta modalidade será muito utilizada para fazer a checagem de informações sobre a situação de automóveis junto à polícia.
— A novidade é que o Estado como um todo poderá acessar e visualizar os alertas de quando há algum veículo com irregularidade. O OCR está lendo, mas a informação não está sendo compartilhada com o Estado. O município não tem a base de dados que o Estado tem. O que temos é o equipamento, mas não adianta fazer a leitura se não está integrado à base, por isso estamos regularizando essa situação — afirma.
A implantação do sistema custou cerca de R$ 2,4 milhões ao município.