Desde a manhã desta quarta-feira (4) a Rota do Sol tem trânsito em meia pista na região de Itati, no Litoral Norte. A restrição é para implantação de seis passagens subterrâneas para a fauna junto à Reserva Biológica Mata Paludosa. O trecho fica próximo às lombadas eletrônicas com limite de 40 km/h.
As novas travessias irão se somar às três já existentes no trecho e serão implantadas a partir de um estudo realizado entre o fim de 2017 e o início de 2018. O levantamento avaliou o comportamento das espécies que vivem às margens da rodovia e coletou dados de animais atropelados pelos veículos que passam pela região.
A pesquisa apontou que 90% dos animais mortos são anfíbios. Entre eles estão três espécies ameaçadas de extinção: perereca-castanhola, perereca-risadinha e perereca-macaca.
O estudo foi realizado a partir de um termo de compromisso assinado entre o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a obtenção da Licença de Operação da rodovia. Como a Rota do Sol cruza diversas áreas de preservação ambiental, o órgão federal exige a adoção de medidas para reduzir o impacto sobre a fauna e a flora. Entre as ações está, por exemplo, a construção de um pelotão rodoviário para dar agilidade no atendimento de acidentes, especialmente com cargas perigosas.
As novas passagens subterrâneas são de material pré-moldado e serão fixadas sobre uma laje de concreto. Para garantir que os animais utilizem os túneis, também serão implantadas telas nas laterais da estrada a fim de direcioná-los. A expectativa é de que o trabalho seja concluído em cerca de 20 dias.