Após impasses judiciais e retorno parcial das escolas da rede estadual para o Ensino Médio em Caxias do Sul na semana passada, a comunidade escolar segue vivenciando incertezas. A volta às aulas foi liberada no último dia 7 pela Justiça após aceitação de pedido da Procuradoria-Geral do Estado, mas não houve retorno nesta segunda-feira (9), conforme a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Os encontros presenciais irão ocorrer de segunda-feira a quarta-feira. De acordo com a 4ª CRE, reuniões com diretores foram realizadas nesta segunda-feira e, assim, as aulas deverão voltar novamente na terça-feira (10).
Parte das escolas de Caxias do Sul retomou em 28 de outubro. Outras, em 3 de novembro. Foram um ou dois de aulas presenciais até que uma liminar do Cpers/Sindicato, que representa os professores da rede estadual, suspendeu a volta porque os locais não receberam vistorias de representantes da saúde. Na última quinta-feira, o Estado reverteu, mas a situação, agora, engloba também eleições e falta de equipamentos.
Algumas escolas optaram por não voltar nesta semana por conta do pleito eleitoral, como é o caso da Escola Santa Catarina. Conforme a direção, as aulas deverão voltar apenas após o dia 15 de novembro, já que a escola precisa implantar outro comitê para atuar na segurança sanitária — um dos requisitos para o retorno. De acordo com a direção, houve desistência de integrantes. Outro fator é que a escola não irá contratar uma empresa para sanitizar o espaço para receber os eleitores no domingo. Eles irão fazer a limpeza por conta própria. Desta forma, a intenção é que as aulas retornem apenas em 16 de novembro. Até agora, a escola teve apenas um encontro presencial.
Conforme a coordenadora da 4ª CRE, Viviani Devalle, as escolas irão pagar com recursos do próprio caixa pela higienização dos espaços para a votação.
— As escolas irão pagar com recursos da autonomia financeira que já está em conta. Quem não tiver, já está solicitando recursos — diz a coordenadora.
Na Aristides Germani, a volta é prejudicada pela falta de um extintor de incêndio. Há uma exigência de que é necessário ter o aparelho instalado antes da entrada da sala destinada ao armazenamento de produtos de higienização. Houve a solicitação da ferramenta, mas ela ainda não foi entregue.
Na escola Melvin Jones, a informação é de que não houve tempo hábil de avisar os alunos sobre a volta. Desta forma, o retorno ocorre nesta terça-feira (10). No Colégio Imigrante, cerca de 15 alunos compareceram às aulas nesta segunda, uma das poucas escolas que abriu os portões.
A informação da 4ª CRE nesta segunda-feira, é de que 90% dos equipamentos de proteção individual (EPIs) já foram entregues.