Os números de hospitalizações e internações de pacientes por coronavírus pesaram para que, em mais uma rodada do Modelo de Distanciamento Controlado, a Serra gaúcha tenha índice de bandeira vermelha. A prévia do mapa foi divulgada nesta sexta-feira (10). Os dados apontados pelo Comitê de Dados do Governo mostram quatro índices em níveis de bandeira preta.
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Os principais pontos justificados pelo governo estão nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pulou de 78 para 90, nos últimos sete dias. Já o número de vagas específicas para covid-19 saltou de 59 para 67 e os internados em UTI que são positivos para o coronavírus foram de 59 para 69 — nesta sexta, o número já subiu para 79. A estimativa de mortes na semana de 19 a 25 de julho está em 20 vítimas.
No entanto, as prefeituras e a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) terão até domingo pela manhã para entrarem com recursos contestando os dados expostos pelo Comitê de Crise do Estado. Na segunda-feira (13), o governador Eduardo Leite (PSDB) anuncia o mapa final e os decretos, segundo cada bandeira, que passam a vigorar a partir da meia-noite de terça-feira (14).
As normativas têm regras mais rígidas sobre o funcionamento do comércio considerado não essencial. Bares e restaurantes poderão trabalhar apenas com telentrega ou pegue e leve. A indústria tem autorização para trabalhar com apenas 50% do seu quadro de colaboradores. O objetivo é tentar reduzir a circulação da população, automaticamente segurando o contágio do vírus.
Nas últimas duas vezes em que o governo do Estado considerou o índice para bandeira vermelha, a Amesne conseguiu reverter a decisão e permanecer em bandeira laranja. Na única semana, de 13 a 20 de junho, em que permaneceu nesse status, algumas prefeituras, como Garibaldi, Farroupilha e Vacaria, ingressaram na Justiça e só cumpriram por 24 horas as determinações impostas pelo programa estadual.