Um mês após a assinatura da ordem de início para remoção de pedras sobre a pista, as máquinas ainda não são vistas no km 4 da RS-486, a Rota do Sol, em Itati. O ponto está com a faixa de descida da Serra interrompido há pouco mais de um ano devido ao deslizamento da encosta.
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A autorização foi assinada no dia 16 de junho e a expectativa é de que as obras tivessem início até o fim do mês, após a mobilização das equipes. Conforme apurado pela reportagem, desde o anúncio das obras não houve alterações no local. Nos últimos dias, equipes do Daer estiveram vistoriando o ponto, que sempre oferece risco de novos deslizamentos em períodos de chuva prolongada como as últimas semanas. Por conta disso, desde a queda de barreira, as pedras foram deixadas sobre a pista como uma barreira de proteção, obrigando os motoristas que seguem ao Litoral a utilizar uma das duas faixas de subida.
De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o que impediu o início do trabalho foi justamente a sequência de semanas chuvosas, que começou no fim de junho. Dessa forma, a expectativa é de que as máquinas comecem a trabalhar assim que o tempo firmar.
— Para iniciar a obra precisamos de, no mínimo, 48 horas de sol. Com toda essa chuva, seria até um risco para os funcionários, não tinha a mínima condição de começar. Mas a empresa já está contratada e os recursos disponíveis — afirma o secretário de Logística e Transporte do Estado, Juvir Costella.
Mais do que a retirada das pedras, as obras que serão realizadas no ponto consistem na construção de uma nova contenção para evitar quedas de barreira. A encosta irá receber telas especiais fixadas por tirantes (espécie de barras de ferro fixadas na rocha). A primeira etapa, contudo, consiste na retirada das pedras, que precisarão passar por um processo de fragmentação sem o uso de explosivo pelo fato da área ser de proteção ambiental. Os blocos maiores serão quebrados com a utilização de uma argamassa, que se expande e fragmenta a rocha dias após a aplicação.
As obras serão realizadas pela construtora Toniolo Busnello por meio de um aditivo de contrato. A empresa foi a responsável pela fixação das barreiras na época da construção da estrada e mantinha um contrato de manutenção das estruturas. O custo previsto é de R$ 3 milhões.