A partir da próxima semana, quem circular pela Rota do Sol vai perceber as máquinas trabalhando na retirada das pedras sobre a pista do km 4 da RS-486, em Itati. Essa é a expectativa da empresa Toniolo Busnello, contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para a obra.
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Apesar de nenhuma intervenção ter sido realizada no terreno até agora, equipes da construtora atuam no local desde a semana passada para os preparativos logísticos da obra. Entre as ações, estão a viabilização de escritórios e alojamentos, a compra de insumos para a obra, a mobilização de funcionários e o transporte de máquinas. Segundo o engenheiro civil do setor de orçamentos da Toniolo Busnello, João Luís Oliveira Simões, a expectativa é de que a obra envolva cerca de 70 pessoas, entre mão de obra direta e indireta. Alguns integrantes da equipe, assim como parte do maquinário, precisam ser trazidos de outros Estados.
Na mesma linha, o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, afirma que a base de trabalho das equipes está em Terra de Areia e os equipamentos necessários já estão a caminho. Enquanto isso, funcionários da Toniolo Busnello finalizam a topografia e as demarcações do terreno, iniciada na semana passada.
— A ideia inicial é retirar o material para liberar a pista para depois a equipe se concentrar na encosta, que é um trabalho mais complexo — explica Faustino.
A remoção de pedras menores pode ocorrer da forma tradicional, com a utilização de máquinas. No entanto, rochas maiores terão que ser quebradas com a utilização de uma argamassa especial. O material é injetado na pedra e se expande, causando a ruptura do bloco. Não serão utilizados explosivos porque a Rota do Sol é cercada de áreas de proteção ambiental. Por esse motivo, as pedras também precisarão ser levadas para pontos de descarte específicos que existem às margens da própria rodovia.
Além do recolhimento das pedras, a encosta vai ganhar uma nova barreira de contenção para evitar futuros deslizamentos. A estrutura vai contar com telas e tirantes (espécie de barras de ferro fixadas na rocha). A Toniolo Busnello foi a empresa que construiu as contenções originais da Rota do Sol e possuía um contrato de manutenção para o trecho. Dessa forma, as obras puderam ser viabilizadas por meio de um aditivo, sem a necessidade de licitação. O custo previsto é R$ 3 milhões e a expectativa é de que o trabalho seja concluído até o fim do ano.