As pedras que obstruem parcialmente o km 4 da RS-486, em Itati, na descida da Serra, começarão a ser removidas em junho. A previsão é do Secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella. Na última sexta-feira (22), completou um ano da primeira de duas quedas de barreira que interromperam a faixa no sentido Serra-Litoral. O segundo deslizamento ocorreu 11 dias depois. Como o trecho conta com três pistas, o trânsito pôde ser desviado, mas o ponto se tornou um gargalo em períodos de maior movimento.
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A liberação total do trânsito depende da construção de uma contenção na encosta, para evitar que haja queda de mais pedras. Em entrevista ao programa Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra, Costella disse que, ao longo dos últimos meses, houve dificuldades com os trâmites para a realização da obra. Agora, contudo, ele garante que os projetos estão finalizados, a empresa contratada e os R$ 3 milhões necessários, garantidos.
— Tivemos dificuldade de obter preços para uma cortina de contenção, que tem que ser utilizada. São poucas empresas com possibilidade de fazer esse tipo de serviço. Os projetos já estão concluídos, a Toniolo Busnello vai fazer e nos próximos 30 dias já vão estar executando. Imaginamos que comece na segunda quinzena de junho — revelou o secretário, que evitou dar prazo de conclusão.
Outro gargalo causado por queda de barreira da Serra, no km 43 da RS-122, entre Farroupilha e São Vendelino, ainda segue na fase de estudos. Após 43 dias de interrupção para limpeza, o trânsito foi liberado em 17 de dezembro com apenas duas faixas em vez de três. De acordo com o secretário, outros pontos de risco de deslizamento na Serra também passam por avaliação e como a RS-122 está em estudos para concessão, não se descarta que a obra seja realizada pela iniciativa privada.
Costella afirmou ainda que a RS-122 deve receber reforço na sinalização em diversos pontos, inclusive nas proximidades do km 169 onde cinco pessoas morreram carbonizadas em acidente no último dia 16. Já sobre os buracos nas estradas da região, disse que o estado aportou quase R$ 2 milhões para consertos neste ano e que há manutenção constante. Além disso, afirmou que a RS-813, que liga Farroupilha a Garibaldi passa por estudos de recuperação asfáltica.
Por fim, o secretário também falou a respeito da retomada das obras de asfaltamento na Serra, como a RS-427, entre Nova Roma do Sul e Antônio Prado, e da RS-020, entre Cambará do Sul e São José dos Ausentes. No caso dos Campos de Cima da Serra, as obras vão se concentrar em dois quilômetros de um total de três contemplados por um projeto paralisado desde 2018. Após a conclusão, contudo, ainda faltarão 35 quilômetros para a pavimentação ser finalizada. A pendência, segundo o secretário, são as licenças ambientais, além dos recursos.
— Não adianta dizer que vamos fazer cinco, seis quilômetros se, em primeiro lugar, não temos recursos — afirma.