A primeira tentativa de ajudar na recuperação de um paciente de 63 anos, internado na UTI do Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul, por meio da transfusão de plasma sanguíneo não aconteceu. Houve incompatibilidade entre doador e receptor. Os testes foram conhecidos na segunda-feira (25), mesmo dia em que um novo doador, recuperado da covid-19, compareceu ao Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs). Agora, a expectativa da equipe médica é de que o segundo voluntário seja compatível.
— Acreditamos que até a quarta-feira (27) conseguiremos ter a primeira transfusão. Por isso, a importância de ter um cadastro com vários doadores — explica a médica intensivista do Hospital Virvi Ramos, Eveline Correa Gremelmaier.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o segundo doador é Fabio Klamt, 44 anos, natural e morador de Porto Alegre. As doações são feitas no Hemocs, onde o processo de plasma convalescente, feito em Caxias de forma pioneira no Estado, consiste em retirar a parte do sangue de um paciente recuperado de coronavírus com a intenção de que os anticorpos adquiridos sejam repassados para o doente em estado grave.
Em Caxias, o Hospital Virvi Ramos adotou um protocolo já aprovado pela Anvisa para uso de plasma convalescente em tratamento experimental. O paciente de 63 anos, natural da Garibaldi, espera pela doação na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI). O primeiro voluntário, que efetuou a doação na última sexta-feira (22) tem 31 anos e terá o plasma estocado, podendo assim, beneficiar outro paciente futuramente. A identificação dele não é divulgada a pedido do próprio doador. A coleta efetuada poderá ficar guardada por até um ano.
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O Hemocs começou a receber as pessoas curadas do coronavírus para retirada de plasma na semana passada. A orientação é para que o interessado em participar agende atendimento pelos telefones (54) 3290-4543 e (54) 3290-4580 ou pelo Whatsapp (54) 984188487. Inicialmente, as pessoas recebidas serão homens, de no mínimo 18 e no máximo 60 anos, que tiveram a doença confirmada por meio do teste PCR e estão há mais de 28 dias recuperados.
O entendimento da equipe médica é de que mulheres podem apresentar riscos de produzir anticorpos contra as células de defesa por conta de períodos férteis e gravidez ao longo da vida. Segundo a doutora Eveline, não há como fazer averiguação de cada caso e, por isso, torna-se uma contraindicação.