O impacto econômico gerado pelo avanço do coronavírus já pode ser sentido em Caxias do Sul. Neste sábado (21), em cumprimento a decreto municipal, todo o comércio de rua deverá ser fechado por, pelo menos, 15 dias. O faturamento, que será nulo nos próximos dias, já apresentava aproximadamente 80% de queda nos primeiros 20 dias de março. Dando prioridade à saúde da população, a medida tende a ser acatada com tranquilidade pelos lojistas.
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— A gente já sentia a vontade do lojista de fechar as portas. Não que ele não pudesse, mas estava aguardando, sim, alguma determinação do poder público. Todos foram bem compreensivos — afirmou a presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Caxias, Idalice Manchini em entrevista concedida ao Show dos Esportes, programa da Rádio Gaúcha Serra, na noite de sexta-feira (20).
Segundo ela, a projeção do setor era de crescimento para 2020, com um aumento de 7% em relação a 2019. O percentual é quase o dobro em relação a 2019 sobre 2018. Mesmo assim, a opção de fechar as portas vem sendo acatada por todos os sindicatos, que fizeram uma convenção coletiva para o enfrentamento ao coronavírus.
— Férias poderão ser dadas mesmo sem completar 12 meses de trabalho e também poderão ser utilizados bancos de horas. São medidas que facilitam tanto para o empresário, quanto para o funcionário, porque não está sendo fácil para ninguém — avaliou a presidente.
Mesmo contando com o apoio de todos os comerciantes, o decreto prevê multa e até cassação de alvará em caso de descumprimento. Segundo Idalice, é possível que os próprios populares peçam o fechamento do estabelecimento que estiver aberto de forma irregular.
— O momento que a gente vive exige responsabilidade coletiva e bom senso. É momento de ter empatia pelo outro. É preciso ficar em isolamento para que os impactos à saúde e à economia não sejam ainda maiores — completou.