A concessão do aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, poderia quadruplicar a quantidade de voos que operam no terminal. A projeção é do secretário estadual de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, que participou, na última quarta-feira (25), de uma audiência pública sobre o assunto na Câmara de Vereadores.
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Conforme Vanuzzi, o baixo número de operações regulares atualmente — quatro por dia — ocorre devido à limitação nas aeronaves que o terminal pode receber. Essas características exigem aviões com capacidade de voar longas distâncias, mas operar em pistas pequenas.
— Das companhias áreas atualmente, são poucas as aeronaves que podem operar em uma pista com 30 metros de largura — aponta Vanuzzi.
O projeto de concessão permitiria, então, ampliar a estrutura operacional do aeroporto, com alargamento de pista e implantação de outros equipamentos. Além disso, o terminal também poderia receber investimentos no atendimento aos passageiros.
A proposta de concessão está desde agosto sob análise do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que avalia incluir o Hugo Cantergiani em um pacote em que estão os aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo. A expectativa é que a definição saia até a próxima semana.
Novo aeroporto
Já a construção do aeroporto de Vila Oliva depende de um longo processo de articulação para definir qual é o papel de cada ente federativo no projeto, segundo Vanuzzi. De acordo com o secretário, as conversas com o município já tiveram início e está em estudo a possibilidade de incluir o novo terminal no plano de concessão do atual aeroporto. Além disso, o secretário disse que é preciso resolver a questão da desapropriação antes de concretizar os próximos passos.
— Não está bem claro para mim se há consenso com os proprietários. Uma desapropriação litigiosa pode levar muito tempo, então não é algo que possa ser feito sem estar bem acordado — explica.
O secretário do Planejamento de Caxias do Sul, Fernando Mondadori, disse que o Estado teria até o fim de setembro para confirmar se pagaria os cerca de R$ 20 milhões, valor que o terreno está avaliado. Atualmente, segundo Vanuzzi, não há recursos disponíveis.
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