O olhar cansado, a dificuldade em caminhar, e a pele enrugada e com hematomas. Por dentro, um dos rins já foi retirado, em função de um tumor e, o outro, parou de funcionar. Para sobreviver, enquanto ainda espera por um transplante, é preciso enfrentar a filtragem do sangue através das máquinas de hemodiálise. Sem mais detalhes, esse diagnóstico seria suficiente para justificar uma vida apática, entregue a uma cama em um quarto fechado e escuro, para despedir-se dos dias que restam abraçada a uma sufocante depressão. Essa é a visão de quem espera pela morte, enquanto sobrevive.
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