Criado em 2017, o projeto Viver Maria nasceu da necessidade de um serviço privado, diferenciado e sigiloso, focado nas necessidades das mulheres que sofreram agressões e que precisam de auxílio para resolver seus conflitos. É o primeiro da região.
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A fundadora do projeto, Elisandra Andréia de Paula, trabalhou por 11 anos no Centro de Referência de Atendimento à Mulher, em Caxias, e coordenou o de Gramado por um ano e meio. Dos anos de trabalho trouxe a experiência para fundar o projeto.
Cerca de 70% das vítimas de violência não entram na Delegacia da Mulher por medo, vergonha ou insegurança. É nessa lacuna que entra o trabalho do Viver Maria.
– Pretendemos alcançar o maior número de “Marias” e auxiliá-las a romper a barreira da violência sofrida.
O trabalho não é gratuito, mas assegura todo o acompanhamento para que a vítima se sinta segura e não seja exposta.
Funciona assim: as mulheres procurar pela página Maria Viver ou pelo telefone e agendar um horário. Podem (ou não) relatar seus conflitos (sociais e jurídicos), para fortalecerem outras mulheres a procurarem ajuda.
O projeto conta com uma equipe capacitada de profissionais e parceiros, que envolve psicólogos, terapeutas, advogados, assistentes sociais e conciliadores, que assessoram a vítima, prestando todo suporte necessário do início ao fim de sua demanda. Inclusive para registrar o BO. Tudo no mais completo sigilo. As reuniões acontecem em locais discretos.
– O objetivo do projeto é mostrar que as mulheres não estão sozinhas. Estamos aqui para ajudar – destaca a advogada parceira do projeto, Rosangela Nunes Neto.
O grupo de trabalho também oferece palestras e rodas de conversa gratuitos. O agendamento pode ser feito pela página Viver Maria ou pelo fone (54) 9 8135.0434.
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