Sentados no sofá, os alunos da Profe Nil, como eles mesmos a chamam a Nilcéia Kremer, estão de olhos vidrados. Porque Nil não apenas diz um poema, mas recita, com o peso e o vigor de interpretação que pede o texto de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). É um choque recitar poesia em sala de aula, porque vive-se um tempo em que nossos olhos estão embotados de cimento e lágrima. Assim como é um choque um professor que demonstra afeto pelo aluno.
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