A diretora da Z&M Celulares, Bianca Zaccani, 23 anos, diz que ainda que existam muitos clientes insatisfeitos, já foram restituídos mais de R$ 340 mil aos consumidores. No entanto, pelo menos 90 ainda aguardam retorno da loja. Além da carga roubada, a Z&M teria enfrentado outro problema com a locação de um depósito onde estavam outras remessas. A ideia é que até o fim de março, as restituições ou entregas de aparelhos estejam normalizadas.
— Nós tivemos bastante clientes para fazer restituição, e acabou que descapitalizou a empresa. Nós tivemos que pedir empréstimo para conseguir arcar com isso. E nós vamos acabar recebendo estas mercadorias— afirma Bianca.
A loja reconhece, no entanto, que trata-se de problemas graves relacionados aos clientes:
— É uma questão do direito do consumidor, e nós sabemos que estamos pecando nesta situação.
Sobre o preço baixo obtido pela loja, Bianca afirma que trata-se de compras em lotes, em grande quantidade, e que acabam barateando os aparelhos. A compra seria de um atacado brasileiro, garante.
O Procon recebeu sete registros contra a loja. O primeiro foi confirmado dia 20 de fevereiro. No dia seguinte, fiscais do Procon vistoriaram a Z&M e solicitaram documentações e defesa dos proprietários. Com a papelada entregue, a loja agora deverá prestar informações para esclarecer que não se trata de uma fraude.
— As vendas foram suspensas em janeiro deste ano, e isto é importante para não gerar novos prejuízos aos clientes — afirma o diretor do Procon Caxias, Luiz Fernando Horn.
Contatado pelo Pioneiro, o advogado que representa a Z&M Celulares, Victor Emanoel Salton Mello, afirmou que só pode receber a reportagem na próxima quinta-feira, 15 de março.