A recuperação das aulas nas escolas estaduais que aderiram à greve dos professores no ano passado ganha um ingrediente a mais a partir desta semana. A 4ª Coordenadoria Regional de Educação avança com uma sindicância para apurar denúncias de que pelo menos 10 professores teriam colocado outros colegas para assumir a tarefa deles em algumas instituições de ensino. As denúncias da comunidade escolar chegaram no final do ano passado e no início de janeiro, mas a sindicância só prosseguirá nesta segunda-feira, pois é um procedimento que precisa ser realizado sem interrupções num prazo de 30 dias.
— Parte dos professores estava em férias, então não poderíamos prosseguir com a sindicância. Por isso, vamos começar as oitivas (coleta de depoimentos) na volta às aulas — diz a titular da 4ª CRE, Janice Moraes.
As denúncias encaminhadas à coordenadoria também envolvem um suposto rodízio de professores. Ou seja, um único docente assumia a recuperação de conteúdo com turmas de uma mesma série enquanto os demais folgavam. Outra irregularidade aponta que professores apresentaram atestado médico, quando, na verdade, estariam viajando para fora do país. Se comprovadas as denúncias, os professores podem ser punidos de diferentes formas. No caso dos profissionais contratados, a sanção pode incluir o desligamento do quadro. No caso dos professores nomeados, há possibilidade de suspensão e multa.
— Colocar um professor para substituir o próprio trabalho não pode, é contra lei — alerta Janice.
Ao G1 RS, o Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) disse que ainda não foi comunicado sobre as irregularidades investigadas pela 4ª CRE.
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