A primeira escola estadual de Caxias do Sul a voltar às aulas depois do período regular, que era até 26 de fevereiro, será a Maria Araci, no bairro Santa Lúcia Cohab. As atividades serão retomadas nesta quarta-feira. Dez colégios têm retorno marcado entre os dias 2 e 12 de março. No Evaristo de Antoni, no bairro São José, apenas o ensino médio volta no dia 23 — as demais turmas já retornaram. A última escola a iniciar o ano letivo 2018 será a Clauri Flores, no bairro Santa Fé, no dia 2 de abril. Por causa da greve do magistério, os estudantes tiveram aulas estendidas e o ano letivo do ano passado encerrou apenas nesta terça-feira.
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Conforme o diretor da escola, Antônio Staudt, não houve prejuízo na frequência dos alunos. Segundo ele, a evasão é comum na Clauri Flores por causa da situação sócio-econômica, já que o colégio fica em uma região de vulnerabilidade social.
— Repusemos todas as aulas. Não fizemos de conta (de que havia aulas). Os professores estavam cientes de que tinha a greve, mas os alunos não podem sair prejudicados — afirma.
O ano letivo de 2018 na Clauri Flores deve seguir até 29 de dezembro. O calendário escolar ainda está sendo finalizado e terá de ser aprovado pelos professores no final de março. Conforme Staudt, a previsão é que 23 sábados tenham aula ao longo do ano. A escola tem aproximadamente 500 alunos.
No total, 28 escolas de Caxias iniciaram o ano letivo na última segunda. A 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) atualizou a informação nesta semana. Até meados da semana passada, a previsão era de retorno de 21 escolas.
Redução de turno
Duas escolas estaduais de Caxias do Sul iniciam o ano letivo com redução de um turno. A Ivanyr Marchioro, no bairro Jardelino Ramos, e a Engenheiro João Magalhães, no centro, vão ter aulas apenas à tarde. O motivo, segundo a 4ª Coordenadoria Regional de Educação, é a redução da demanda.
Mesmo com capacidade para 200 estudantes por turno, a Ivanyr Marchioro tem matrícula de cerca de 150 alunos. A redução, segundo a diretora Marli Petrocelli Carvalho, vem ocorrendo de forma gradativa. Entre os motivos, ela avalia que está a mudança de famílias para loteamentos populares. Outro aspecto é a queda na taxa de natalidade, conforme a professora.
— A gente gostaria de manter os dois turnos, mas infelizmente é determinação e temos de cumprir — comenta.
Na escola João Magalhães, conforme a 4ª CRE, a capacidade é de atender cerca de 80 alunos em cada turno. Segundo a titular da CRE, Janice Moraes, a demanda não justifica a continuidade do funcionamento da estrutura de manhã e à tarde.
— O atendimento normal fica concentrado em só (turno). Daí, a merenda é feita num turno só também. É otimização mesmo — explica.