O caso de um adolescente de Farroupilha que fez parte do perverso jogo Baleia Azul serve de alerta para pais e comunidade escolar sobre uma possível onda de casos na cidade e região. A mãe do jovem procurou a Polícia Civil na segunda-feira para revelar o envolvimento do filho numa desafio virtual que poder levar ao suicídio.
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A denúncia trouxe à tona outros relatos que chegaram ao conhecimento do Conselho Tutelar da cidade. Uma campanha está sendo organizada para conscientizar a população sobre os perigos do jogo. As "missões diárias" seriam orientadas por um curador pela internet, que verificaria se os resultados alcançados pelos jogadores são satisfatórios, e apresentariam graus de dificuldade variados: assistir a filmes de terror, acordar de madrugada, desenhar baleias, criar inimizades e se automutilar. O 50º e último desafio seria o de tirar a própria vida.
Ainda que não tenha chegado até a última tarefa que resultaria no suicídio, o adolescente farroupilhense deu sinais que levaram colegas de escola a procurar a direção do colégio. Conversas no WhatsApp em tom de despedida e braços machucados despertaram a atenção. O adolescente teria dito aos amigos também que iria aproximar-se mais da família para que sentisse mais saudades dele quando partisse. Em conversa com a diretora e a mãe, o jovem teria negado sobre a existência do jogo e dos planos de suicidar-se. No entanto, no contato apenas com os pais, ele confessou que seguia, de fato, as ordens da "brincadeira".
Adolescência
Atenção de colegas e professores em caso do jogo Baleia Azul, em Farroupilha, ajudou a evitar suicídio
Jovem teria chegado somente até a quinta tarefa do jogo
Raquel Fronza
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