A greve dos rodoviários impactou na rede pública de ensino de Caxias do Sul. A 4ª Coordenadoria Regional da Educação (4ª CRE) e a Secretaria Municipal da Educação (Smed) ainda estão fazendo levantamento de quanto alunos não compareceram às aulas na manhã desta segunda-feira, mas alguns colégios confirmaram à reportagem que metade dos estudantes não apareceu. Para diretores de escolas, o problema pode ser maior à noite já que muitas famílias não vão arriscar mandar os filhos a pé. A ausência é mais sentida em escolas da área central, que exige deslocamento de crianças e adolescentes dos bairros. Na rede municipal, que abrange geralmente o público que mora entorno, as faltas seriam menores.
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No Colégio Estadual Henrique Emilio Meyer, no Exposição, a diretora Cristiane Xavier Paim Silva confirmou a ausência de cerca de 340 estudantes no turno da manhã. No total, a instituição tem 1,1 mil alunos matriculados.
– Recebemos hoje em torno de 200 alunos – diz Cristiane.
No Instituto de Educação Cristóvão de Mendoza, no Cinquentenário, professores apontaram a ausência de metade dos 600 alunos do turno da manhã, conforme a vice-diretora da manhã, Karen Abreu de Oliveira. Na Escola Estadual Evaristo de Antoni, no São José, a presença foi maior do que o esperado.
– Tem mais faltas do que o normal, mas temos mais estudantes do que imaginávamos. Dá para dar aula. De noite será mais complicado – projeta a vice-diretora da manhã, Franciele Costa Vieira.
No Presidente Vargas, no Centro, o diretor Carlos Alberto Machado, confirmou 100 alunos a menos nesta manhã. Os professores orientam as turmas do turno da noite para não irem ao colégio se não houver alternativa de transporte.
– Quem não puder vier não será prejudicado. Também já adiamos provas e trabalhos em virtude da greve para não atrapalhar os estudantes que precisam de ônibus – esclarece Machado.
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