Mutirão de Combate à dengue envolve Vigilância Sanitária, Exército e comunidade em Caxias do Sul

Agentes da Vigilância Ambiental e 190 soldados do 3ª Grupo de Artilharia Antiaérea (3º Gaaae) participam neste sábado do Mutirão de Combate ao Aedes Aegypti em Caxias do Sul.

Com foco na conscientização, a ação envolverá distribuição de panfletos educativos das 9h às 17h, além do Bota-Fora Contra a Dengue no bairro Reolon, das 8h às 12h. As ações mais impactantes, com vistorias em residências e prédios comerciais, ocorrem a partir de segunda-feira.

Conforme Julinho Santini, gerente da Vigilância Ambiental em Caxias do Sul, somente em 2016 já foram notificados 20 casos de pacientes com suspeita de dengue em Caxias do Sul. Desses, três tiveram resultados positivos, mas nenhum é autóctone (contraído na cidade). O departamento já recebeu mais de 800 denúncias.

Além disso, foram identificados oito focos do Aedes aegypti: no Jardim América, no Cidade Nova, no Centro, no Pioneiro e em São Pelegrino. Em todo o ano passado, a Vigilância registrou 41 notificações de casos suspeitos e 13 casos importados da doença, além de 51 focos do mosquito.

A situação é preocupante. A Vigilância mantém a atenção nas 540 armadilhas distribuídas pela cidade, especialmente em duas na rodoviária, onde há grande circulação de pessoas e ônibus com passageiros de cidades que possam ter epidemia da doença. 

Neste sábado, o trabalho será concentrado nos bairros São Pelegrino, Pio X, Exposição, Centro, Santa Catarina e Rio Branco, onde há maior número de infestação do Aedes e casos suspeitos. O objetivo é visitar 11,5 mil imóveis para levar informações.

Na próxima semana, de segunda a quinta-feira, soldados do 3º Gaaae trabalharão como agentes de endemia, visitando as casas, virando potes que contenham água parada, fazendo coleta de larvas e preenchendo boletins, ao lado das equipes da Vigilância Ambiental. Nesses dias, a ação ocorre no Centro, Exposição, Panazzolo e Rio Branco. 

-Estamos trabalhando além da nossa capacidade, tanto de equipe como emocional, já que todas as demandas chegam aqui para nós. As pessoas estão bem informadas, mas não estão acreditando que o problema é sério. Falta conseguir conscientizar a população sobre o problema que estamos prestes a enfrentar- pondera Santini.