
Nesta quarta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde de Bento Gonçalves divulgou nota contestando as denúncias de precariedade na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O ex-coordenador médico da unidade, Paulo Jandrei Martins Rodrigues, apontou problemas como a falta de medicamentos e de equipamentos adequados para exames e diagnósticos, o que implica num atendimento insatisfatório à população.
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Veja a íntegra da nota oficial:
"Em razão do comunicado emitido pelo ex-coordenador médico da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos.
O funcionamento da UPA 24 horas de Bento Gonçalves está dentro da sua normalidade, com o corpo clínico atendendo aos que buscam o local. De 1º de dezembro de 2015 até esta data, foram realizados 10.842 atendimentos na unidade.
A UPA 24 horas está equipada com todos os aparelhos exigidos pelo Ministério da Saúde. A unidade encontra-se em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, tendo seu funcionamento habilitado e autorizado desde junho de 2014. A UPA 24h é considerado um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária, situado entre a Atenção Básica à Saúde e a Rede Hospitalar.
Os serviços de Raio-X estão disponíveis em dependência anexa ao prédio da unidade, onde funcionava anteriormente o Pronto Atendimento 24 horas. A UPA receberá um novo equipamento em breve, tão logo for concluído o processo de licitação para essa aquisição. Através da contratualização para atendimento aos pacientes do SUS com o Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini (HT), referência na região, a UPA 24h possui acesso aos serviços de diagnóstico (imagem e análises clínicas) disponíveis no local, se assim o quadro clinico necessitar.
Quanto à falta de medicamentos, em nenhum momento a UPA 24h deixou de disponibilizá-los. Eventualmente, podem estar em falta na farmácia pública ou em postos devido a impedimentos nos processos de licitação ou a atrasos nos repasses dos medicamentos por parte do Governo Federal e do Governo do Estado _ uma vez que grande parte das medicações compete à Secretaria Estadual e ao Ministério da Saúde.
Apesar das críticas sobre a nova contratualização da SMS com o Hospital Tacchini, o ex-coordenador médico participou efetivamente das reuniões destinadas à elaboração do contrato - e, em nenhum momento, manifestou qualquer contrariedade aos termos acordados.
Lamentamos o fato ocorrido, pois, como gestor da saúde na unidade, o profissional não comunicou, tampouco tomou providências, para sanar as deficiências que ele relatou em sua nota.
Reafirmamos nosso mais profundo respeito pelo profissional, que por três anos coordenou os serviços médicos de atendimento de urgência e emergência na municipalidade e, por motivos desconhecidos, tomou tal atitude. Com transparência e seriedade, e enfrentando dificuldades com a falta de repasses federais e estaduais, a Secretaria Municipal de Saúde continuará trabalhando para prestar serviços de excelência aos cidadãos de Bento Gonçalves."