As principais demandas de mobilidade da Serra, debatidas em três encontros em setembro, outubro e novembro, foram novamente discutidas nesta quarta-feira. Representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Secretaria Estadual dos Transportes e da Secretaria de Aviação Civil estiveram no encontro, que teve mediação do jornalista Márcio Serafini e comentários da colunista de Zero Hora e apresentadora da Rádio Gaúcha Rosane de Oliveira. O encontro ocorreu na CIC de Caxias do Sul.
Eduardo Bernardi, diretor do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos, disse que a outorga do aeroporto de Vila Oliva a Caxias do Sul deve estar concluída em 15 ou 20 dias, o que deve dar ao município a possibilidade de assumir as negociações pelo novo terminal. Segundo ele, a SAC trabalha com quatro modelos de concessão.
- Temos um programa dentro da aviação regional que é voltado a passageiros. Mas como a ideia aqui é para cargas, a ideia é que fiquem previstos afastamentos e áreas necessárias a um aeroporto de cargas. Então não abriríamos mão dos investimentos federais e em paralelo poderia se trabalhar com investimento pela concessão - explicou.
O prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho, lembrou que a prefeitura elaborou estudo da parte caxiense que ligaria o novo aeroporto de Vila Oliva a Gramado, na Região das Hortênsias.
O aeroporto de Canela também foi eleito como demanda em encontro anterior, mas, segundo Bernardi, a SAC trabalha no estudo de viabilidade do terminal, devido à pequena distância em relação a Vila Oliva. Segundo ele, Canela ainda não está descartada.
Quanto à discussão girar em torno de três aeroportos, Vila Oliva, Canela e Vacaria, o diretor de Infraestrutura da Secretaria Estadual dos Transportes, Ivan Bertuol, foi taxativo:
- Nós não temos que discutir dois ou três aeroportos na Serra. Temos que fazer o de Vila Oliva e pronto.
No encontro regional em Vacaria também foi abordada a ferrovia, que não serve à cidade devido à falta de um terminal de cargas. Conforme Bertuol, em algum ponto da região deve ser instalada uma plataforma logística, mas a confirmação do local deve ser feita pela Rumo All, que administra a ferrovia.
Logística rodoviária na pauta
Estradas da região também entraram na pauta, como demandas citadas nos encontros regionais. Quanto ao Trevo da Telasul, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, disse que a construção de uma rotatória pode iniciar em março, caso os valores da matéria-prima não aumentem substancialmente. Para a RSC-453, que desemboca na Telasul e tem 18 quilômetros de pista simples, ainda não há projeto para a duplicação, segundo Ernesto Eichler, do Daer.
Quanto à possível concessão da ERS-122, como variante à BR-116, Hiratan não arriscou prazos e disse que existem estudos para a concessão, o que incluiria a duplicação da ERS-122 entre Farroupilha e São Vendelino.
A ERS-235, estrada de pista simples entre Nova Petrópolis e Gramado, foi outro gargalo citado. Segundo Bertuol, da Secretaria de Transportes, a EGR estuda uma forma de outorga que possa viabilizar a obra, já que o pedágio de Gramado não gera recursos suficientes para custear.
Quanto à conclusão da BR-285, que tem 8,3 quilômetros de estrada de chão entre São José dos Ausentes e a divisa com Santa Catarina, o representante do DNIT colocou que o Departamento ainda trabalha no anteprojeto.
Antes do encontro final foram realizadas três etapas, em Bento Gonçalves, Nova Petrópolis e em Vacaria, respectivamente.
O Serra em Debate é realizado pelo Pioneiro e pela Rádio Gaúcha Serra. O projeto conta com a apresentação das Empresas Randon e o patrocínio de Agrale, Brisa Calçados, Giro Transportes, Monterey Loteamento Residencial e Prataviera Shopping.
Infraestrutura
Serra em Debate encerra, em Caxias, com esperanças para o aeroporto de Vila Oliva
Representantes do DNIT, da Secretaria Estadual de Transportes e da Secretaria de Aviação Civil participaram de encontro a CIC
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