Samae tenta comprar terrenos da Piagentini em Caxias do Sul

O Samae tenta comprar dois terrenos vizinhos às antigas garagens da prefeitura, entre as ruas Visconde de Pelotas e Dr. Montaury. A área onde funcionavam as garagens da Secretaria de Obras já foi adquirida pela autarquia. Agora, o Samae aguarda autorização judicial para adquirir uma parte adicional, que conta com uma construção em alvenaria, pelo valor de R$ 8,9 milhões.

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Os dois terrenos que o Samae tenta adquirir pertencem à Cia. Piagentini de Bebidas e Alimentos e não são visíveis da rua. Segundo o diretor-presidente do Samae, Elói Frizzo, eles ficam atrás do prédio do INSS, na Visconde de Pelotas. Há uma servidão de passagem para a Visconde e o espaço faz divisa com a área onde eram as garagens. Se concretizado o negócio, a intenção é aproveitar o prédio que funcionava como cantina para armazenar tubos de esgoto. O material não pode ser exposto ao sol e hoje é guardado em um prédio alugado no bairro Pio X. Na área que já foi adquirida, o Samae pretende construir o novo prédio da autarquia. Conforme Frizzo, a futura saída da sede atual, na Pinheiro Machado, para a Visconde, não depende da concretização do novo negócio.

- A ideia é sair da Pinheiro. A compra da Piagentini apenas agregaria mais um espaço - esclarece.

A compra deve ocorrer via alienação judicial. De acordo com Frizzo, a Piagentini passa por recuperação judicial e o imóvel deve ir a leilão, mas o poder público não pode participar do pregão. Por isso, o Executivo encaminhou à Câmara de Vereadores projeto de lei que autoriza o Samae a adquirir o imóvel, por meio da alienação. Os vereadores aprovaram o texto, que aguarda sanção do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT). A proposta, com o valor ofertado pelo Samae, deve ser encaminhada à 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Foro Central da capital do Estado de São Paulo.

O negócio envolve área com cerca de 7,5 mil metros quadrados. A parte das antigas garagens, já de posse do Samae, tem 11 mil metros quadrados.

Ainda conforme Frizzo, o prédio da Piagentini visto da Visconde de Pelotas não entra no negócio. A reportagem não conseguiu contato com os responsáveis pela Piagentini.