Um trabalho conjunto entre a prefeitura e a União das Associações de Bairros (UAB) pretende, em curto espaço de tempo, resolver um problema antigo para quem tenta se localizar pelos bairros de Caxias: identificar com placas as milhares de vias que ainda não têm um o nome visível. Se hoje encontrar um endereço nos bairros mais afastados é praticamente um desafio, porque muitas vezes a rua não aparece em mapas desatualizados, a iniciativa vai beneficiar prestadores de serviços, como entregadores de mercadorias e carteiros, além do trabalho de policiais, bombeiros e ambulâncias.
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O Plano Municipal de Identificação de Vias e Próprios Municipais (como praças, parques e viadutos) foi lançado em setembro. A intenção é instalar placas do mesmo modelo das pretas com escritos em amarelo já disponíveis em toda a área central e principais bairros da cidade. O projeto deve funcionar em paralelo com a instalação que já vem ocorrendo, explica o secretário de Obras e Serviços Públicos, Adiló Didomenico.
No modelo vigente, as placas em postes são acompanhadas de propaganda colocada acima da plaqueta com o nome da rua, cujo valor subsidia outras sem a publicidade. A quantidade depende da venda dos anúncios. Apesar da dificuldade, a prefeitura não pretende descartar o modelo atual. O contrato previa que fossem instaladas mensalmente 10 placas de esquina com patrocínio e 30 pagas com a venda do espaço publicitário, mas a empresa chegou a instalar 100 (somando ambos modelos) ao final do contrato, chegando a cerca de 5 mil em quatro anos.
- Teve meses no início em que só foram instaladas 20 sem patrocínio, porque era difícil de vender. Mas não se descarta esse modelo, porque em ruas como no centro existe a dificuldade de fixar uma placa num prédio, então precisa do poste, e fora do centro não se consegue vender o patrocínio, então tem essa dificuldade para colocar a placa - aponta Adiló.
As novas serão afixadas em casas e muros, o que possibilitará que o material seja mais leve e barato. Serão instaladas uma em cada esquina e, se a rua for muito extensa, outra ao longo da via.
Conforme o secretário, as unidades acompanhadas de poste custam cerca de R$ 345, e as da nova proposta (apenas placa), baixam para R$37,50.
Número de ruas será estimado
Adiló não dispõe do número exato de ruas sem placas, mas estima que cerca de 5 mil quadras não tenham identificação disponível. O número deve ser dimensionado à medida em que a UAB trabalhar no levantamento pelos bairros.
Conforme o presidente da UAB, Flávio Fernandes, alguns presidentes de bairro já trabalham nos cadastros de endereços. Ao todo, 210 Associações de Moradores de Bairro (Amobs) estão envolvidas.
- Em dois ou três anos teremos a cidade bem identificada - completa Adiló.
Além de indicar as vias a serem beneficiadas, as Amobs ficarão responsáveis pela colocação das plaquetas nas residências. A fabricação será encaminhada pela Secretaria de Obras. Um primeiro lote, de cerca de 1 mil unidades, fabricadas com garrafas pet recicladas, será adquirido por dispensa de licitação, enquanto o certame for realizado. O material é agilizar o processo.
Mobilidade
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