Como você vai lembrar de 2015 no futuro? Para a maioria, um ano difícil, de queda nas vendas e demissões. Mas, para um grupo de empresários, 2015 é o ano do investimento. Claro que alguns setores não foram tão impactados pela crise do país. Mas o que fez a diferença na maioria dos casos foi atitude. Esse é o exemplo de Alex Xavier Bortolini, da Tudo em Grãos, de Caxias do Sul. A primeira loja de produtos naturais vendidos a granel foi inaugurada em julho de 2014, no Centro. A segunda, no bairro São Pelegrino, veio em março de 2015. E, nesse ano também, em setembro, foi lançada a primeira franquia, em Passo Fundo.
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Tanto a primeira como a segunda loja vem crescendo mês a mês. E já há previsão de, no início de 2016, abrir mais três franquias na Serra. Alex conta que a crise brasileira chegou a ser assunto na hora de discutir os novos projetos, mas não alterou a realização de nenhum deles:
- Tocamos no assunto, mas, ao mesmo tempo, estávamos focados na oportunidade e não na dificuldade. Foi muito da nossa atitude que fez o negócio continuar crescendo. Depois da abertura da loja de São Pelegrino, tínhamos a expectativa de que alguma parte do faturamento da loja da Rua Os 18 do Forte viria pra São Pelegrino, que a gente dividira faturamento. Mas, até agora, não. Continua tendo crescimento na loja da 18 e também crescendo em São Pelegrino.
A rede Laghetto também não recuou em nenhum momento na decisão de abrir o sétimo hotel no município de Gramado, o nono no Estado. O empreendimento, inaugurado neste mês, elevou para 1,1 mil o número de apartamentos disponíveis na rede. Já há mais dois em construção: um em Canela e outro em Porto Alegre. E outros investimentos ainda serão anunciados em dezembro, segundo o gerente de com o gerente Comercial e de Marketing, Carlos Blödorn.
Teve também quem não intimidou em abrir o primeiro negócio em 2015: é o caso da André de Castilhos, um dos sócios da Golden King Pets, que inaugurou em outubro, em Caxias. Ele e mais duas sócias vieram de outras áreas e investiram cerca de R$ 1 milhão em uma petshop, após fazer uma pesquisa de mercado. André diz que eles projetam um rendimento maior, a médio prazo, com a loja do que se tivessem investido em aplicações financeiras, por exemplo.
Outra empresa que celebra um ano bom é a Cooperativa Garibaldi. Com um investimento de R$ 3,5 milhões, a capacidade de envase da vinícola foi dobrada em 2015. E já há projeção de melhorias na casa dos R$ 6,5 milhões para os próximos dois anos. O faturamento da Garibaldi deve fechar 2015 com um crescimento de 30%, segundo o presidente da Cooperativa, Oscar Ló.
- Acredito que esse momento de dificuldade da economia brasileira é passageiro. Logo, o Brasil vai voltar a crescer. E nós estamos nos preparando para atender essa demanda que certamente vai aumentar nos próximos anos - diz Ló.
O economista Alexander Messias destaca que a questão principal para continuar investindo em momentos de crise é detectar uma oportunidade, seja um novo nicho ou novo mercado, ainda que isto seja mais difícil. Ele também assegura que a economia vive de ciclos e que a fase ruim, alguma hora, vai passar.
Economia
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