Os Pavilhões da Festa da Uva se tornaram verdadeiro parque de diversões durante a tarde do domingo. A 10ª edição da Festa Comunitária da Criança confirmou que a soma da boa iniciativa do poder público com a força do voluntariado podem garantir a felicidade de milhares.
A organização estima que 25 mil passaram pelos pavilhões e provaram doces, salgados, assistiram a apresentações artísticas e puderam se divertir em brinquedos infláveis. Para comprovar o quão este dia é aguardado no calendário de meninos e meninas daqui, bastava percorrer a concorrida fila de distribuição de lanches ou dos brinquedos. Ao conversar com crianças como Johsefe Ivan Goes, de 8 anos, que deixou o bairro Mariani para escorregar pelo maior tobogã inflável do Brasil, ficava claro que seria uma tarde de emoções para famílias inteiras.
- Eu não tenho medo de subir no tobogã. Faço cada pirueta lá em cima, quer ver? -exibia-se.
A doméstica Fernanda Correa, 39 anos, desembarcou nos Pavilhões com sete crianças, com idades entre 10 meses e 14 anos. Quatro eram filhos dela, e outros três de vizinhas do bairro Pioneiro. Fernanda quem convidou a criançada, porque participa há anos do evento e presencia a farra da garotada. Sentada no gramado para repor as energias, a turma desfrutava de sanduíches e picolés, as famosas paletas mexicanas.
- Eles se lambuzam de felizes que ficam. Poderia ter mais atrações destas aqui nos Pavilhões - sugeria.
O tema da festa é A Magia da Família, e o domingo é dia de passe livre de ônibus. O público teve acesso a mais de 30 brinquedos infláveis, 15 camas elásticas, serviços como medição de pressão arterial ou até corte de cabelo gratuito.
- Há quem reclame que nossa festa não é no dia da crianças. Mas é só olhar a criançada se divertindo que dá pra perceber que todo dia é dia delas - justificava o coordenador de comissão do evento, Werther Vieira.
Voluntariado faz a diferença
O que o público que aproveitava a tarde do domingo não sabia é que para ter acesso a lanches gostosos ou poder brincar em segurança, um batalhão de voluntários trabalhava desde cedo. A maior parte deles é servidor municipal ou cargo de confiança, que não ganha hora-extra para auxiliar na festa. A dona de casa Eunice Terezinha Pinto, 62 anos, foi convidada pela filha, a relações públicas da prefeitura Jéssica Amanda Pinto, para participar voluntariamente. Mesma iniciativa da costureira Marli de Fátima Formento, 60 anos, que está na segunda edição de trabalho voluntário, a convite da filha Carla Formento, agente administrativa. Ambas se orgulhavam da função: elas montavam milhares de kits com guloseimas que seriam entregues para famílias desde 8h30min. Só sairiam de lá depois das 18h.
- Se podemos ajudar, por que não faríamos isso? - afirma Marli.
Ao todo, 700 pessoas trabalharam voluntariamente na organização, incluindo entidades assistenciais, instituições de ensino e empresas da região.