Falta de voluntários limita a atuação da Pastoral da Criança em Caxias

Formar um ciclo de conhecimento, cuidado e carinho que valoriza a vida. A tarefa parece simples, mas não é. Se é fácil encontrar quem precisa de ajuda, difícil é engajar pessoas em uma causa voluntária. A situação não é diferente na Pastoral da Criança de Caxias do Sul, que comemora 30 anos neste sábado. Segundo a coordenadora de setor, Doracélia Mello dos Santos, a falta de interessados limita a ampliação dos serviços, que, atualmente, não chega a atingir 10% do necessário.

- O que dói na gente é não conseguir atender mais famílias por falta de voluntários - lamenta.

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Responsável pela parte burocrática, repasse de informações e formação das líderes, Doracélia Mello dos Santos dedica boa parte do dia para a Pastoral. Para ela, o trabalho é uma missão e os voluntários, uma grande família. Sentir que está ajudando quem precisa é a recompensa.

- Fazemos porque amamos. Depois que começa, você vê a necessidade e a importância dessa missão e não consegue mais parar.

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As dificuldades enfrentadas ao longo de três décadas e as recompensas fazem com que Suzana Casagranda dos Santos, 62 anos, umas da voluntárias mais antigas da Pastoral, não pense em se afastar das atividades tão cedo. Para aprender mais sobre a saúde das crianças, Suzana ingressou na Pastoral e participou da primeira capacitação que ocorreu em Caxias. A intenção era ter mais recursos para cuidar do seu quarto filho, que enfrentou a desnutrição. Logo promovida para coordenação da comunidade do Santa Fé (São José na época), Suzana percebeu que sua vocação seria compartilhar o conhecimento adquirido nas capacitações para ajudar no desenvolvimento das crianças.

- Eu respiro e vivo praticamente 24 horas por dia Pastoral da Criança. É uma opção minha e é o que me faz feliz - comenta.

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Qualquer pessoa pode ser voluntária da Pastoral. Segundo Doracélia, basta ter amor no coração e querer ser solidário com o próximo. É necessário ter disponibilidade para fazer a visita mensal às famílias, data que é estabelecida pelo voluntário. Além do trabalho de campo, precisa-se de pessoas para a parte burocrática. Para participar, o interessado pode procurar a sede da Pastoral (Rua Doutor Emílio Ataliba Finger, 685, bairro Colina Sorriso) ou as paróquias da Diocese de Caxias.