O Dia das Crianças é nesta segunda-feira, mas todos sabem que os avós paparicam os netos no ano inteiro. Há quem diga que os mais velhos podem "estragar" as crianças ao deixá-las fazer o que bem entendem. Ou, ainda, por se tratar de gerações muito diferentes, serem mais rígidos e não aprovar certas atitudes infantis. O importante é que o aprendizado se dilui em ambas as partes.
Rodeados pelos netos, a dona de casa Neusa Bortolini Saibe, 64 anos, e o aposentado Oréstes Saibe, 73, proporcionam aos pequenos experiências que não teriam em outro lugar, como lidar com a horta e com galinhas.
- Sempre gostei muito de crianças, e é uma alegria estar perto de alguns dos netos, como o Lucas (13 anos), que mora com nós, e as pequenas Giovana (seis) e Taís (cinco), que fixaram residência na casa ao lado. Nós temos quatro filhos e sete netos no total - enumera Neusa.
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Legislação
Os benefícios para essas gerações que convivem são inúmeros. Mas, quando os pais, por algum motivo, se separam, a legislação é clara: não permite que netos e avós deixem de se visitar.
O professor e advogado especialista em Direito Processual Civil Patrick Mezzomo explica que a Lei 12.398, de 2011, altera o Código Civil Brasileiro para estender aos avós o direito de visitar os netos.
- Embora esse direito deva ser exercido naturalmente, é cabível a regulamentação judicial quando lhes é negado o convívio com a criança. Outra possibilidade é quando os pais não estão aptos ao convívio com os filhos, tendo em vista o laço de proximidade existente entre avós e netos, o que facilita o convívio, inclusive para minorar os efeitos nocivos naqueles casos em que se faz presente a alienação parental - explica Mezzomo.
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