O encontro Caxias Unida Pela Paz, na manhã desta quinta-feira, serviu para divulgar ações contra a violência em Caxias do Sul, mas também teve espaço para apontar problemas graves na segurança da cidade.
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Representantes de diversos setores ligados ao município, do Ministério Público, da Brigada Militar, da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e da Igreja Católica, entre outros, ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores para exemplificar como estão engajados em projetos sociais ou em programas de pacificação como a Justiça Restaurativa.
A explanação atraiu cerca de 60 pessoas. O presidente da Comissão Temporária Especial da Pacificação Restaurativa, vereador Gustavo Toigo (PDT), aproveitou para confirmar a realização de um fórum no dia 4 de dezembro, em local a ser definido. A ideia é convocar vários setores da sociedade para estabelecer propostas antiviolência que podem ser implementadas na cidade.
- Vamos nos manter mobilizados - pediu Toigo.
Em plenário, o promotor de Justiça, Cristiano Mourão, revelou que 94% das pessoas que participaram de círculos restaurativos no Ministério Público (MP) não reincidiram em crimes, indicando uma saída para a criminalidade. O secretário municipal da Segurança Pública e Proteção Social, Roberto Louzada, acredita que a criação do programa de Segurança e Proteção é uma ferramenta fundamental na pacificação.
- Não é um programa de governo, pode mudar prefeito e secretário e vai continuar. É um programa que pertence a Caxias - ressaltou Louzada.
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O vereador Henrique Silva (PCdoB) cobrou mais atenção do Estado em relação ao efetivo da BM e do policiamento comunitário. Também chamou a atenção para denúncias de drogadição nos arredores do Restaurante Comunitário, no Centro. A secretária da Saúde, Dilma Tessari, reforçou a insegurança em unidades básicas de saúde (UBS):
- Tenho 10 ocorrências nos últimos tempos, com furtos, agressões e até o sequestro de um médico. Realmente é complicado e pedimos aqui o auxílio da Guarda Municipal.
Representando a Universidade de Caxias do Sul (UCS), a professora Fernanda Schmidt ressaltou a parceria com outras instituições e como a instituição pode auxiliar desenvolvendo tecnologias que facilitem denúncias, por exemplo.
- Estamos trabalhando com alunos do Direito sobre novas formas de evitar a judicialização de conflitos - revelou a docente.