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O Legislativo de Caxias do Sul dá um passo importante ao abrir o plenário nesta quinta-feira para debater a segurança pública na cidade. É o que se espera dos parlamentares numa cidade que registra um crime de alto risco a cada duas horas e já acumula 96 assassinatos neste ano.
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Lideranças apontam como pretendem se engajar contra a violência
Comunidades podem e precisam intervir
Às 9h30min, a Comissão Temporária Especial da Pacificação Restaurativa, presidida pelo vereador Gustavo Toigo (PDT), receberá representantes da comunidade e de setores relacionados à segurança para traçar um diagnóstico da criminalidade e buscar propostas pela paz.
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O encontro denominado Caxias Unida Pela Paz é aberto para qualquer pessoa engajada ou interessada em amenizar roubos, tráfico de drogas, homicídios e outros tipos de violência. O envolvimento de políticos num assunto que domina as rodas de conversa é sinal de que todos os segmentos podem sair da zona de conforto e propor alternativas de resistência ao crime.
Além de mobilizar as lideranças setoriais, a intenção do encontro é evidenciar qual é a real contribuição da Câmara de Vereadores no tema. O Executivo também enviará representantes para o encontro.
Além de Toigo, a comissão é formada pelos vereadores Adelino Teles (PMDB), Daniel Guerra (PRB), Denise Pessôa (PT), Flávio Dias (PTB), Guila Sebben (PP), Henrique Silva (PCdoB), Neri, O Carteiro, Raimundo Bampi (PSB) e Velocino Uez (PDT).
Nesta reportagem, o Pioneiro questiona o posicionamento de alguns vereadores com atuação em relação à violência em Caxias. Semanalmente, serão publicadas as opiniões de homens e mulheres de diversos segmentos para estimular esse debate.
A série será veiculada no período que compreende a Semana da Paz, comemorada em setembro, e a Semana da Justiça Restaurativa, prevista para metade de novembro. Ao final, os participantes e outros convidados serão desafiados a discutir o tema num encontro aberto ao público.
O QUE VOCÊ PODE OFERECER PELA PAZ EM CAXIAS?
- Enquanto vereador vou prosseguir cobrando a participação familiar. Está faltando muito essa aproximação dos pais com os filhos. Os pais não olham mais para os filhos, não conversam sobre o dia a dia, e quem dará atenção serão os amigos aqueles. Essa ausência constante do pai e da mãe é preocupante. Minha tarefa é promover esse ciclo de debate na escola, exigir a participação da família na juventude como forma de prevenir a violência e outros problemas que isso pode gerar.
Vereador Rafael Bueno (PCdoB)
- Acredito que minha contribuição pode ser por meio da força política delegada pela população. Como todo parlamentar, posso capitanear ações com as demais entidades e órgãos visando estabelecer propostas na construção de uma cultura de paz. Temos que criar mecanismos de interação propondo ações que culminem na paz. Somente com mobilização muito forte podemos enfrentar a violência e criar alternativas.
Vereador Gustavo Toigo (PDT)
- Posso e tenho contribuído como presidente da Frente Parlamentar de Combate a Violência Contra a Mulher. Temos orientado sobre os direitos, leis e serviços das vítimas, e promovendo debates em casos como a cobrança da taxa de parto, que acaba sendo uma violência também. Entendo que cabe ao vereador tornar público situações e orientar quais são os caminhos de solução.
Vereador Denise da Silva Pessôa (PT)