Morrer bem ou morrer mal depende do tipo de atendimento. Acredite, é possível sim chegar ao fim da vida de uma forma serena. Depende de quem estará ao seu lado nesse momento.
A Unidade de Alta Complexidade (Unacon) do Hospital Geral (HG) inaugura nesta quinta-feira a Unidade de Conforto Sintomático, que busca proporcionar conforto e qualidade de vida a pacientes terminais.
O espaço de 25 metros quadrados tem capacidade para dois pacientes e foi cuidadosamente pensado e decorado com sutileza e harmonia. O projeto foi idealizado pelo coordenador médico da Unacon, André Reiriz, e a viabilização da obra só aconteceu graças aos recursos arrecadados pela Liga Feminina de Combate ao Câncer.
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Reiriz explica que a ideia é otimizar o cuidado de pacientes com câncer no período final da vida, proporcionando privacidade e autonomia aos familiares.
Nesse ambiente, as cores são suaves. Galhos de parreiras, margaridas e pássaros encobrem as paredes brancas, painéis contam a história do paciente por meio de fotos e a roupagem que veste as camas é da cor verde.
- O projeto consolida um conceito de cuidado. Uma forma de tornar o paciente o protagonista da história e eternizar sua passagem por esta vida - destaca Reiriz.
O tratamento é paliativo e realizado pela mesma equipe médica, num cenário diferente. Os cuidados também são especiais. Evita, por exemplo, medidas invasivas como idas desnecessárias à UTI. A família pode estar presente o tempo todo, de maneira confortável.
- O cuidar está banalizado. É preciso saber como confortar no final da vida. A qualidade de assistência faz toda a diferença - diz o especialista.
A Unidade de Conforto Sintomático propõe a ideia de morrer feliz e com a certeza de que a vida valeu a pena. Essa é a definição de morte saudável.
