O atraso no pagamento por parte do governo do Estado pode colocar em risco o andamento das obras de melhorias das já comprometidas estradas da região. Desde que foi anunciado, o Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema/Serra) prometeu uma grande reforma das rodovias. Segundo a Traçado, empresa vencedora da licitação, os recursos referentes a julho e agosto não foram repassados, o que significa um montante de R$ 15 milhões. Em função disso, as obras, paradas no feriado de Sete de Setembro, não foram retomadas no dia 8.
Leia as últimas notícias do Pioneiro
Conforme o diretor da Traçado, Jeferson Couto, a empresa aguarda uma posição do Estado para contatar fornecedores e voltar a adquirir a matéria-prima necessária para retomar os trabalhos. Segundo ele, o atraso não resultou em falta de pagamento de salários dos operários envolvidos na obra.
De acordo com Couto, estão sendo realizados serviços acessórios, como limpeza, restauração de canaletas quebradas, sinalização e limpeza de faixa de domínio. Porém, pararam os trabalhos estruturais, de base e recomposição do asfalto. Na Rota do Sol, 95% do trabalho está concluído. Faltam mais um recapeamento na chegada a Lajeado Grande e serviços de alargamento de acostamento em um pequeno trecho.
Atualmente, os trabalhos estavam concentrados na Rota do Sol. Em julho, o Daer havia informado que a Traçado avançaria à ERS-122 assim que concluísse a etapa da Rota. O prazo inicialmente terminava nesta segunda-feira e foi prorrogado em um mês. Com a paralisação, no entanto, é provável que as datas sejam proteladas mais uma vez.
Enquanto isso, motoristas sofrem com estradas esfaceladas. Na última sexta-feira, a reportagem contou 840 buracos nos pouco mais de 40 quilômetros entre Antônio Prado e o entroncamento com a BR-116, em Campestre da Serra.
Até as 10h30min desta segunda-feira, o Daer não havia se pronunciado sobre o atraso nos pagamentos.
